Por Vivien Mello Suruagy – engenheira
“Um litro de trigo por um denário e três litros de cevada por um denário!” Ap 6,6
Já era o Século 21 quando vozes de peso como Bill Gates e Barack Obama anteciparam a iminência de uma pandemia de proporções bíblicas. A peste chegou em 2019, está entrando em sua segunda onda na Europa e os mortos ultrapassam o milhão pelo mundo. O próximo selo a se romper anuncia a fome.
A retomada econômica é lenta e incerta. Poucos setores operam com liberdade. Receitas seguem baixas. Não há linhas de crédito suficientes. Aumentam-se preços para compensar os poucos negócios. Não faltam alimentos, mas o trigo e a cevada já pesam no orçamento dos lares, porque empresas fecham e o desemprego alastra-se.
O auxílio emergencial do governo alcançou 60 milhões de habitantes, mas há constrições legais e orçamentárias para sua continuidade. Teto de gastos e responsabilidade fiscal exigem mais receita para o Estado, cuja origem está num setor privado sem meios para pagar impostos, fornecedores, empregados e, cada vez mais, os direitos dos desempregados de ontem e das ondas imprevisíveis da pandemia.
A área de TIC ilustra bem que é preciso equacionar as dívidas fiscais e trabalhistas, para evitar a quebradeira de quem emprega e a fome dos desempregados. Sem essa atividade não existiria economia virtual. Dados anteriores a 2020 indicavam 137 mil empresas, mais de 2,2 milhões de empregados e 6% do PIB nacional. Tal quadro mudou caoticamente. A demanda cresceu exponencialmente, mas a receita, não: com o distanciamento social, as pessoas recorreram à internet sem ter como pagar os serviços. Manter empregos no setor colide agora com obrigações fiscais e trabalhistas.
Alternativa para a dívida fiscal da empresa é o perdão de multas e o parcelamento do pagamento. Opção semelhante cabe às dívidas trabalhistas. Ambas as soluções reduzem o peso do desembolso total mensal do empregador, permitindo a sustentabilidade de sua operação e, consequentemente, de empregos. E o piso da parcela dos débitos trabalhistas garante receita muito superior ao que um programa de renda direta pode oferecer às famílias. O perdão de multas poderá viabilizar a regularização de situação fiscal de milhares de empregadores e o afluxo de receita para o Tesouro, e a correção monetária de dívidas trabalhistas deve dar lugar ao INPC, agora que a SELIC caiu dos dois dígitos.
A fome depois da peste é uma dedução lógica com precedente histórico, não uma profecia inescapável. Buscar alternativas para reduzir seu impacto é uma responsabilidade geracional.
Sobre a autora
Vivien Mello Suruagy, engenheira, é presidente da Feninfra (Federação Nacional de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e Informática).
Matéria: Rosangela Sousa e Simone Câmara/ Ricardo Viveiros & Associados — Oficina de Comunicação


Crédito: Pixabay


Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo 
Imagem ilustrativa de drewstewart por Pixabay
Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil
Foto: Fábio Cruz/Recôncavo no Ar
Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay
Image by Martin Lutze from Pixabay
Foto: Ricardo Stuckert/Secom-PR
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem de intographics por Pixabay
Foto: Reprodução/ Forte na Notícia
Image by Adriano Gadini from Pixabay
Foto: Lucilene Silva Queiroz
Imagem ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay
Imagem ilustrativa de João Paulo por Pixabay
Imagem de
Foto: Luciano Almeida
Foto: Reprodução/ Video
Crédito: br.freepik.com
Foto: Claudio Lima
Imagem Ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Arte: Divulgação
Foto: Luiz Carrera/ SECBA
Foto: Divulgação
Foto: Arquivo Pessoal
Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Joá Souza/GOVBA
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Adriel Francisco
Na foto, Vinicios e Leandro
Foto: Fred Pontes
Imagem ilustrativa de jessicauchoas por Pixabay
Imagem de musiking por Pixabay
Foto: Arquivo Pessoal
CEF de Amargosa | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem ilustrativa de Wokandapix por Pixabay
Image by Chokniti Khongchum from Pixabay
Imagem ilustrativa de Andreas Breitling por Pixabay
Foto: Jonas Souza
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: João Valadares
Arquivo Tribuna do Recôncavo
Imagem de tookapic por Pixabay
Imagem ilustrativa de Hans Braxmeier do Pixabay
Imagem ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem ilustrativa de Couleur por Pixabay
Imagem ilustrativa de Pexels do Pixabay
Imagem Ilustrativa by PublicDomainPictures from Pixabay
Foto: Eduardo Andrade/Ascom SDE
Imagem de Surprising_Shots por Pixabay
Foto: Douglas Amaral
Foto: Reprodução/ Vídeo
Foto: André Fofano
Foto: Maria das Neves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Douglas Amaral
Foto: Divulgação/Júnior Rodrigues
Foto: Damilla dos Santos / Divulgação
Imagem de MasterTux do Pixabay
Foto: Luciano Almeida
Imagem Ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Reprodução/ Vídeo
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem Ilustrativa | Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil
Foto: Arquivo Pessoal
Imagem por Karolina Grabowska de Pixabay
Image by Free stock photos from www.rupixen.com from Pixabay
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Crédito: Iara Passos
Foto: Divulgação
Image by congerdesign from Pixabay
Foto: Divulgação
Imagem por Alexander Fox | PlaNet Fox da Pixabay
Foto: Divulgação
Foto: Paulo Cesar Amaral
Foto: Tribuna do Recôncavo
Foto: Tatiana Azeviche Ascom SeturBA
Foto: Manuela Cavadas-/Seagri
Foto: Luciano Almeida
Foto: André Frutuôso
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Image by Wokandapix from Pixabay
Imagem Ilustrativa de Angelo Esslinger do Pixabay
Foto: Joseane Rodrigues
Imagem de freepik
Image by 3D Animation Production Company from Pixabay
Foto: Darlan Nunes/ Seagri
Imagem de Luk Luk do Pixabay
Imagem de Esi Grünhagen por Pixabay
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Giulia Guimarães_Ascom SDE
Foto: Divulgação
Foto: Agnelo Câmara (Ascom/Sudene)