Poesia de maria do Carmo MEMORÁVEL NOITE DE SÃO JOÃO

Poesia de maria do Carmo MEMORÁVEL NOITE DE SÃO JOÃO - poesiaFoto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

A noite caía.

A neblina, o céu embranquecia.

A chama da fogueira ardia.

A garotada soltava fogos, se divertia.

Eita noite boa, sô!

Amendoim, milho, canjica e licôr.

A sanfona comandava o arrasta-pé.

As vestes de chita a moda ditava.

O forró a festa comandava.

Era noite de SÃO JOÃO!

Eita noite boa, sô!

O capote para o frio aquecer.

Na brasa da fogueira assar milho e comer.

Dançar forró na sala ou no terreiro.

A alegria da noite do São João,

Aquecia o corpo e o coração.

Eita noite boa, sô!

“As FESTAS JUNINAS são uma forte tradição, na qual a promoção da cultura popular está no centro da roda. Historiadores afirmam que a festividade surgiu com este nome por acontecer durante o mês de junho. Outra versão diz que a festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seria uma homenagem a São João. É no Nordeste que as FESTAS JUNINAS ganham uma grande expressão. Em razão de longos períodos de seca na região, as festas são um momento de agradecer as raras chuvas que caem naquelas terras.

Fonte: JORNAL MUNDO JOVEM – Junho/2009.

Poema de Maria do Carmo Silva “RESISTÊNCIA INDÍGENA”

Poema de Maria do Carmo Silva "RESISTÊNCIA INDÍGENA" - poesia, noticiasFoto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

No Dia dos Povos Indígenas, nessa sexta-feira (19), a professora, poeta, escritora e colunista do Tribuna do Recôncavo, Maria do Carmo da Silva, apresenta o poema: RESISTÊNCIA INDÍGENA.

És humano.

És um povo.

És indígena!

És filho da Mãe Terra.

És irmão da natureza.

És guerreiro.

És resistência!

Resistes a expulsão do teu habitat!

Resistes a discriminação de tua gente.

Resistes a violência sem precedentes.

O povo indígena, grita, clama:

Sou humano,

Sou povo, sou gente!

Vivo, existo e insisto em sobreviver.

A minha história e o meu legado,

A posteridade precisa conhecer.

(Extraído do livro LEITURAS E RELEITURAS de Maria do Carmo).

O Brasil tem cerca de 1,7 milhão de indígenas autodeclarados de 305 etnias, o que representa 0,83% do total de habitantes do país, de acordo com dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil – dados de 2022, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 2022 houve no Brasil 416 casos de violência contra indígenas, sendo assassinatos (180); homicídios culposos (17); lesões corporais dolosas (17); tentativas de assassinato (28); ameaças de morte (27); ameaças várias (60); violência sexual (20); racismo e discriminação étnico-cultural (38) e abusos de poder (29).

Fonte: Agência Brasil.

Poesia de Maria do Carmo sobre o verdadeiro sentido do Natal

Poesia de Maria do Carmo sobre o verdadeiro sentido do Natal - poesia, noticiasNa foto, Maria do Carmo | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Somos convidados a refletirmos acerca do verdadeiro sentido do Natal: a comemoração do nascimento do Salvador da humanidade! A sociedade contemporânea, sustentada pelo Capitalismo, motiva as pessoas apenas ao consumismo! Precisamos resgatar as lições de vida que o nascimento do nosso Salvador nos trouxe sustentadas na humildade, na solidariedade e na PAZ! Aprendamos com ELE!

ENTÃO, É NATAL!

Então, era NATAL!

Anunciavam os sinos da Igrejinha e da catedral.

O canto do galo à meia noite a boa nova anunciava.

Um tempo de Paz na humanidade iniciava!

Então, era NATAL!

Na simplicidade do presépio,

o cenário do nascimento do Menino-Deus representava.

A “Missa do galo” a meia noite era rezada.

Com galhos secos e plantas, a Árvore de Natal era montada.

Então era NATAL!

A ceia era realizada em família com simples iguaria.

O famoso Papai Noel para as crianças existia.

Então, era NATAL!

Na Igrejinha e na catedral,

o “Glória a Deus nas alturas” era alegremente entoado.

Um caloroso abraço de Feliz Natal, com todos era partilhado.

O Menino-Deus no presépio era reverenciado!

A simplicidade reinava nas casas, Igrejas, ruas e praças.

A PAZ trazida pelo Salvador, nos corações habitava.

Então, É NATAL!

Acolhamos o Menino-Deus na gruta dos nossos corações!

Vivamos a essência do Natal cotidianamente com a prática de boas ações!

Que o Natal de outrora, vivenciado com humildade,

Volte a habitar no coração da humanidade!

Sobre a autora:

Maria do Carmo da Silva Santos é natural de Mutuípe-BA, professora, poeta e escritora. Licenciada em Geografia, graduada em História, especialista em Gestão e Educação Ambiental e Estudos Linguísticos e Literários, Pós- graduanda em Comunicação, Cultura Organizacional e Tecnologia. Possui textos publicados em diversas Antologias nacionais e internacionais, e integrante do Coletivo Mulherio das Letras. Autora dos livros de Poesias: Retalhos de Vivências e Recomendações Poéticas, e colunista no site de notícias Tribuna do Recôncavo.

Poesia de Maria do Carmo Silva alusiva ao Dia da Consciência Negra

Poesia de Maria do Carmo Silva alusiva ao Dia da Consciência Negra - poesiaFoto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Texto extraído do recém-lançado Livro LEITURAS E RELEITURAS para reflexão neste 20 DE NOVEMBRO, ressaltando que a Consciência Humana individual e coletiva deve combater cotidianamente toda e qualquer forma de discriminação, preconceito, intolerância e violência para com o POVO NEGRO.

(HUMANIZAÇãO)?

Olha o NEGRO aqui.

Discriminado,

Rechaçado,

Desumanizado,

Humilhado,

Inferiorizado,

Maltratado!

Olha o NEGRO aqui!

Por que discriminá-lo?

Por que rechaçá-lo?

POR QUE DESUMANIZÁ-LO?

Por que humilhá-lo?

Por que inferiorizá-lo?

Por que maltratá-lo?

Discriminá-lo simplesmente pela cor da sua pele?

A melanina é um rótulo de exclusão?

NEGRO é humano, é cidadão!

NEGRO exige liberdade!

NEGRO é digno de respeito, de igualdade de condição.

Sobre a autora:

Maria do Carmo da Silva Santos é natural de Mutuípe-BA, professora, poeta e escritora. Licenciada em Geografia, graduada em História, especialista em Gestão e Educação Ambiental e Estudos Linguísticos e Literários, Pós- graduanda em Comunicação, Cultura Organizacional e Tecnologia. Possui textos publicados em diversas Antologias nacionais e internacionais, e integrante do Coletivo Mulherio das Letras. Autora dos livros de Poesias: Retalhos de Vivências e Recomendações Poéticas, e colunista no site de notícias Tribuna do Recôncavo.

Poesia – PROFESSOR, PRESENTE!

Poesia - PROFESSOR, PRESENTE! - poesiaFoto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Por Maria do Carmo da Silva Santos – professora, poeta e escritora.

Humanos,

Profissionais,

Professores somos!

No mundo do conhecimento adentramos.

O conhecimento é um legado para a posteridade.

Crianças, jovens, adultos e idosos conduzimos.

Com eles trocamos saberes e vivências.

Formar cidadãos é missão e desafio.

Missão que vai além de decodificar conceitos e fórmulas.

A vivência de valores humanos e morais nos desafia.

A valorização do conhecimento é uma cotidiana batalha.

Sobreviver as adversidades humanas, sociais e pedagógicas é uma luta árdua.

Somos humanos!

Somos profissionais!

Somos professores!

Somos resistência!

Robôs, nem a inteligência artificial não nos sucederão.

Professor é humano, não uma máquina em operação.

Nossa resistência, força e resiliência é movida pelo coração.

Sobre a autora:

Maria do Carmo da Silva Santos é natural de Mutuípe-BA, professora, poeta e escritora. Licenciada em Geografia, graduada em História, especialista em Gestão e Educação Ambiental e Estudos Linguísticos e Literários, Pós- graduanda em Comunicação, Cultura Organizacional e Tecnologia. Possui textos publicados em diversas Antologias nacionais e internacionais, e integrante do Coletivo Mulherio das Letras. Autora dos livros de Poesias: Retalhos de Vivências e Recomendações Poéticas, e colunista no site de notícias Tribuna do Recôncavo.

Poesia de Maria do Carmo “REMEMORANDO O SÃO JOÃO”

Poesia de Maria do Carmo "REMEMORANDO O SÃO JOÃO" - poesiaFoto: Divulgação

A fogueira estava queimando,

sobre as suas brasas, o milho assando.

As bandeirolas, ruas e casas enfeitando.

O arraiá era construído.

O licôr, a típica bebida, era servido.

Naquela noite fria, o capote nos aquecia.

Ao som da sanfona, dançava Zé, dançava Maria.

Ao redor da fogueira a criançada se divertia.

Laranjas e espigas de milho, o ramo da fogueira decorava.

O amendoim cozido nas mesas não faltava.

O chapéu de palha, com as vestes de chita combinava.

Enquanto a fogueira queimava,

o fole da sanfona sacolejava.

E o povo alegre gritava:

“São João passou por aí? Viva São João!”

O tradicional São João literalmente acabou.

MAS O POESIA O RESGATOU!

Sobre a autora:

Maria do Carmo da Silva Santos é natural de Mutuípe-BA, professora, poeta e escritora. Licenciada em Geografia, graduada em História, especialista em Gestão e Educação Ambiental e Estudos Linguísticos e Literários, Pós- graduanda em Comunicação, Cultura Organizacional e Tecnologia. Possui textos publicados em diversas Antologias nacionais e internacionais, e integrante do Coletivo Mulherio das Letras. Autora dos livros de Poesias: Retalhos de Vivências e Recomendações Poéticas, e colunista no site de notícias Tribuna do Recôncavo.