Poesia “EU, MULHER NEGRA!” de Maria do Carmo

Poesia "EU, MULHER NEGRA!" de Maria do Carmo - poesia, noticiasNa foto, Maria do Carmo | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Nesta data, 08 de março, DIA INTERNACIONAL DA MULHER, rememoramos a luta das mulheres negras, historicamente invisibilizadas desde o contexto histórico da escravatura, até os dias atuais em nosso país, marcada por dissabores e desafios mas também por conquistas e avanços. A luta é cotidiana e contínua pela igualdade de Direitos e no combate a todas as formas de preconceito!

EU, MULHER NEGRA!

Me jogaram na senzala.

Me açoitaram tal como um bicho.

Os ditos senhores me submeteram aos seus caprichos.

As filhas da sinhá amamentei.

Para as patroas cozinhei,

Com a sobra dos seus pratos me alimentei.

“A liberdade” encontrei.

Do cativeiro me livrei!

Uma trajetória de séculos percorri.

As correntes da opressão quebrei.

Sobrevivi as torturas e a desumanização.

Para a minha descendência, deixo esta lição:

SOU MULHER NEGRA, humana, cidadã.

Protagonista da história do ontem, de hoje e do amanhã.

Libertei-me da senzala.

Uma nova história construir.

Resistência e liberdade,

marcarão a minha posteridade.

SOU MULHER NEGRA, humana, cidadã.

Sempre reconstruindo a minha história

Com determinação, resiliência e dignidade!

Sobre a autora:

Maria do Carmo da Silva Santos é natural de Mutuípe-BA, professora, poeta e escritora. Licenciada em Geografia, graduada em História, especialista em Gestão e Educação Ambiental e Estudos Linguísticos e Literários, Pós- graduanda em Comunicação, Cultura Organizacional e Tecnologia. Possui textos publicados em diversas Antologias nacionais e internacionais, e integrante do Coletivo Mulherio das Letras. Autora dos livros de Poesias: Retalhos de Vivências e Recomendações Poéticas, e colunista no site de notícias Tribuna do Recôncavo.

Poesia de Maria do Carmo sobre povos Yanomâmis “COMOÇÃO”

Poesia de Maria do Carmo sobre povos Yanomâmis "COMOÇÃO" - poesiaFoto: José Gilberto

COMOÇÃO

A Mãe-Terra, desolada,

geme de dor pela barbárie praticada com os seus filhos.

Os povos indígenas Yanomâmis (seus filhos), gemem de dores!

Dores causadas pela fome, pelas doenças,

pela poluição ambiental, pela injustiça social!

Os povos indígenas Yanomâmis são seres humanos,

têm direito a vida e a sobrevivência com respeito e dignidade!

Vida? Respeito? Dignidade?

Vida dizimada prematuramente!

Respeito inexistente!

Dignidade devorada pelo poderio econômico!

Yanomâmis! Humanos desfigurados!

A sua tribo verte lágrimas de sangue!

A natureza verte lágrimas de sangue!

Reina a tristeza na aldeia, na floresta, no Planeta Terra.

Floresta devastada,  água e solo envenenados!

Destruição, devastação, desolação, desumanidade!

A garimpagem, a diversidade vital devastou!

A garimpagem, devastou os povos Yanomâmis e a sua história!

Os Yanomâmis imploram pelo Direito à vida.

Os Yanomâmis combalidos, imploram por sobreviver!

Os Yanomâmis imploram pela continuidade da sua história!

YANOMÂMIS SÃO HUMANOS, SÃO HISTÓRIA, SÃO RESISTÊNCIA!

Sobre a autora:

Maria do Carmo da Silva Santos é natural de Mutuípe-BA, professora, poeta e escritora. Licenciada em Geografia, graduada em História, especialista em Gestão e Educação Ambiental e Estudos Linguísticos e Literários, Pós- graduanda em Comunicação, Cultura Organizacional e Tecnologia. Possui textos publicados em diversas Antologias nacionais e internacionais, e integrante do Coletivo Mulherio das Letras. Autora dos livros de Poesias: Retalhos de Vivências e Recomendações Poéticas, e colunista no site de notícias Tribuna do Recôncavo.

Poesia de Maria do Carmo “REFLEXÃO NATALINA”

Poesia de Maria do Carmo "REFLEXÃO NATALINA" - poesiaImage by Cesar Abud from Pixabay

Por Maria do Carmo

Os sinos da Igreja badalavam, anunciando a “Missa do galo”, celebração tradicional!

O presépio armado nos lares e igrejas era a ornamentação principal.

Galhos secos ou plantas ornamentais eram transformados em árvore de Natal.

A visita aos presépios era um programa devocional.

No rádio, na TV, nas residências e comércios, músicas típicas da época eram tocadas.

Uma modesta ceia em família era realizada.

Era NATAL!

A data do ano mais esperada!

Os sinos anunciavam a chegada do Salvador!

O presépio reproduzia o cenário do nascimento do  Menino-Deus!

As músicas nos convidavam a reflexão.

As famílias reuniam-se em confraternização.

A alegria reinava no coração da humanidade.

O Salvador à Terra chegava revestido de humildade.

As mensagens de Boas Festas eram enviadas em lindos cartões.

O Natal era celebrado com simplicidade e devoção.

Que a lição de humildade pelo Salvador trazida,

nos faça entender, compreender e vivenciar o verdadeiro sentido do NATAL,

a celebração da plenitude da Vida!

Sobre a autora:

Maria do Carmo da Silva Santos é natural de Mutuípe-BA, professora, poeta e escritora. Licenciada em Geografia, graduada em História, especialista em Gestão e Educação Ambiental e Estudos Linguísticos e Literários, Pós- graduanda em Comunicação, Cultura Organizacional e Tecnologia. Possui textos publicados em diversas Antologias nacionais e internacionais, e integrante do Coletivo Mulherio das Letras. Autora dos livros de Poesias: Retalhos de Vivências e Recomendações Poéticas, e colunista no site de notícias Tribuna do Recôncavo.

Poema de Neide Ferreira em homenagem ao Dia da Consciência Negra

Poema de Neide Ferreira em homenagem ao Dia da Consciência Negra - poesia, dom-macedo-costa, bahiaFoto: Divulgação

No ano de 1965,

Nasceu o menino zumbi.

No estado de Alagoas,

E foi capturado ali.

 

Quando tinha sete anos, Dali ele foi levado.

Entregue a um padre católico,

E lá ele foi batizado

 

Recebendo o nome Francisco,

Pelo padre da igreja.

E ali ele aprendeu,

A falar a língua portuguesa (mais…)

Poema de Maria do Carmo alusivo ao 20 de novembro: CLAMOR DA NEGRITUDE

Poema de Maria do Carmo alusivo ao 20 de novembro: CLAMOR DA NEGRITUDE - poesia, noticiasFoto: José Gilberto

No Brasil o povo NEGRO é vitimado pelo preconceito desde o período colonial. Em pleno século XXI ainda sofremos com o racismo, mas não nos deixamos abater. A luta pelo resgate da nossa dignidade é diária e contínua! Somos resistência! A nossa voz continua a clamar por respeito!

CLAMOR DA NEGRITUDE

Olha o Negro aqui!

Discriminado,

Rechaçado,

Desumanizado,

Humilhado,

Maltratado!

Olha o Negro aqui!

Por que discriminá-lo?

Por que rechaçá-lo?

Por que desumanizá-lo?

Por que humilhá-lo?

Por que maltratá-lo?

Por que inferiorizá-lo?

Discriminá-lo simplesmente pela cor da sua pele?

A melanina é um rótulo de exclusão?

NEGRO é humano, é cidadão!

NEGRO exige liberdade de ir e vir!

NEGRO é digno de respeito,

NEGRO clama por igualdade de condição!

Sobre a autora:

Maria do Carmo da Silva Santos é natural de Mutuípe-BA, professora, poeta e escritora. Licenciada em Geografia, graduada em História, especialista em Gestão e Educação Ambiental e Estudos Linguísticos e Literários, Pós- graduanda em Comunicação, Cultura Organizacional e Tecnologia. Possui textos publicados em diversas Antologias nacionais e internacionais, e integrante do Coletivo Mulherio das Letras. Autora dos livros de Poesias: Retalhos de Vivências e Recomendações Poéticas, e colunista no site de notícias Tribuna do Recôncavo.

Poema de Maria do Carmo em homenagem ao TRIBUNA ON que completa 1 ano nesta terça

Poema de Maria do Carmo em homenagem ao TRIBUNA ON que completa 1 ano nesta terça - poesia

Nesta terça-feira, dia 04/10/2022, o programa Tribuna ON completa seu primeiro ano de existência. Apresentado por Hélio Alves e Uanderson Alves, de segunda a sexta, das 21h30 às 22h30, o Tribuna ON sempre conta com a presença de um convidado especial abordando assuntos relevantes, totalizando nesse período de um ano 253 entrevistas. Confira a homenagem feita pela poetisa Maria do Carmo:

 

TRIBUNA ON, PRESENTE!

 

Desde os primórdios da humanidade,

a comunicação sempre existiu.

Da vida na caverna a era digital,

comunicar-se é necessário e essencial!

 

A comunicação aproxima pessoas,

ultrapassa as barreiras geográficas,

promove a realização de sonhos,

à vida humana dá motivação e graça! (mais…)