O Onipotente sonhou com a vida e a fez existir.
A vida necessitou do amor para sobreviver e ele existiu.
O amor precisou de um instrumento para apoiar-se e encontrou o homem.
O homem sentiu necessidade de proteger esse amor e o colocou no coração.
O coração o acolheu, mas também desejou transmiti-lo aos outros.
Cada ser o acolhe e o expressa de forma única, pois cada ser é diferente por natureza e o que dá sentido á vida é essa partilha de diferentes valores.
Mas o amor precisa ser descoberto nos mais diferentes lugares e situações que se encontre escondido:
No desespero da mãe que vê seus filhos desfalecendo de fome.
No trabalhador que consome sua vida pelo bem-estar do patrão e o que recebe mal dá para o pão.
No jovem angustiado por ser vítima do desemprego.
Na criança faminta e desprotegida que vaga pelas ruas e dorme embaixo das marquises.
No idoso cuja vida foi um constante sacrifício pela sobrevivência e que hoje ainda tem que sustentar a família com uma mísera aposentadoria.
Eis aí algumas das inúmeras pistas para descobrirmos o amor sufocado, implorando por sobrevivência e dependente das nossas atitudes para salvá-lo.
Autoria: Maria do Carmo da Silva Santos/ Colunista do Tribuna do Recôncavo