Poesia de Maria do Carmo – RECORDAÇÔES JUNINAS

Poesia de Maria do Carmo - RECORDAÇÔES JUNINAS - sao-joao-2022-2, poesiaNa foto, Maria do Carmo | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Alvorada festiva, o mês de junho acolhia.

À meia noite, chuva de fogos de artifício.

Junho chegava! Mês de muita animação!

Homenagem a Santo Antonio, São João e São Pedro.

Bandeirolas tremulavam em sinal de alegria.

Vestes coloridas para dançar o forró pé de serra!

Cabanas de palha eram o palco da festança.

A tradicional fogueira aquecia a noite fria.

Um galho de árvore (ramo), à fogueira fazia companhia.

O povo arrastava o pé até amanhecer o dia.

Sanfona, pandeiro, triângulo e zabumba, o forró conduzia.

Licôr, amendoim, milho, laranja, canjica, a vontade para se fartar.

Casas de portas abertas para comidas e bebidas partilhar.

E a tradição popular comemorava:

Viva Santo Antonio Casamenteiro!

Viva São João batizador!

Viva São Pedro que a chave do céu segurou!

COMENTÁRIO DE MARIA DO CARMO:

“As vivências das tradições culturais são o marco da História de uma sociedade. Na sociedade contemporânea, as festas juninas vem perdendo as suas características peculiares em detrimento de um novo contexto sociocultural, demarcado por padrões que privilegiam outros interesses e hábitos, totalmente opostos aos tempos passados”.

Sobre a autora:

Poesia de Maria do Carmo - RECORDAÇÔES JUNINAS - sao-joao-2022-2, poesiaMaria do Carmo, residente na cidade de Mutuípe (BA), é autora do livro de poesias “Recomendações Poéticas” e da “Coletânea Poética Retalhos de Vivências”. Tem poemas publicados em várias Antologias, entre elas: Tabuleiro de Poesia e Seletos Versos. É professora da Escola Municipal Luís Eduardo Magalhães em Santo Antônio de Jesus e colunista do Tribuna do Recôncavo.

Poema de Maria do Carmo “A PAZ PEDE PASSAGEM”

Poema de Maria do Carmo "A PAZ PEDE PASSAGEM" - poesiaNa foto, Maria do Carmo | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

A PAZ PEDE PASSAGEM

Explosões! Bombardeios!

Sirenes anunciam o Toque de Recolher!

Carros-bombas, mísseis, arsenal de armas!

Fogo cruzado! Sangue derramado.

Civis atordoados buscam abrigo!

Fuga em massa! A população busca refúgio!

Laços familiares quebrados! Desolação!

Filas quilométricas na via da esperança.

Ruas desertas, rotina interrompida, fome, lágrimas!

Territórios vitimados pela Guerra!

O poderio político, militar, econômico, social, impera!

Explosão de violência!

Bombardeio humano e social.

Caos! Comoção mundial!

Inocentes mortos! Genocídio!

Sociedades vitimadas pelo terror:

homens, mulheres, crianças, idosos!

Povos famintos de alimentos, de abrigo e de Paz.

Humanos despidos de dignidade!

Todos chorando, clamando e implorando:

Implorando pelo cessar fogo!

Implorando pelo respeito à vida!

Implorando pelo fim da Guerra!

É a VIDA implorando por sobreviver!

É a PAZ implorando para se estabelecer!

Sobre a autora:

Poema de Maria do Carmo "A PAZ PEDE PASSAGEM" - poesiaMaria do Carmo, residente na cidade de Mutuípe (BA), é autora do livro de poesias “Recomendações Poéticas” e da “Coletânea Poética Retalhos de Vivências”. Tem poemas publicados em várias Antologias, entre elas: Tabuleiro de Poesia e Seletos Versos. É professora da Escola Municipal Luís Eduardo Magalhães em Santo Antônio de Jesus e colunista do Tribuna do Recôncavo.

Poema de Maria do Carmo ” DEVASTAÇÃO”

Poema de Maria do Carmo " DEVASTAÇÃO" - poesia, noticiasImagem de Andreas Riedelmeier por Pixabay

DEVASTAÇÃO

O rio encheu, transbordou!

O seu curso natural desviou.

Suas águas velozmente tudo inundou!

Destruiu plantações e construções.

Desolação e caos gerou!

O rio encheu, transbordou!

O seu curso normal foi oprimido,

para dar passagem ao Capitalismo!

Suas águas velozmente tudo inundou!

A fauna e a flora devastou!

O rio encheu, transbordou!

A paisagem natural e humana devastou.

O ser humano perplexo ficou,

diante do cenário desolador.

As águas do rio inundaram o coração da gente!

Águas de um rio que transbordou,

águas da enchente!

Sobre a autora:

Poema de Maria do Carmo " DEVASTAÇÃO" - poesia, noticiasMaria do Carmo, residente na cidade de Mutuípe (BA), é autora do livro de poesias “Recomendações Poéticas” e da “Coletânea Poética Retalhos de Vivências”. Tem poemas publicados em várias Antologias, entre elas: Tabuleiro de Poesia e Seletos Versos. É professora da Escola Municipal Luís Eduardo Magalhães em Santo Antônio de Jesus e colunista do Tribuna do Recôncavo.

Poesia de Maria do Carmo “NATAL ATÍPICO”

Poesia de Maria do Carmo "NATAL ATÍPICO" - poesiaNa foto, Maria do Carmo | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

No calendário, uma data especial!

Todos os caminhos levam às comemorações.

A decoração dos ambientes a todos encanta.

As músicas típicas da época, emocionam!

Roupas e calçados novos, mesa farta.

A troca de presentes é cultural.

Nos quatro cantos do mundo é NATAL!

Na cotidiana realidade, para todos a data é especial?

Para muitos, todos os caminhos levam aos lixões.

Por acaso, uma árvore de natal descartada,

foi por uma criança, carinhosamente resgatada!

Lá não há música natalina! Só o som do motor dos caminhões.

Roupas, sapatos e alimentos, são disputados!

No cotidiano dos que ali buscam a sobrevivência,

A troca de presentes é mera fantasia!

No lixão também há natal!

Há natal porque há seres humanos!

Há seres humanos desprovidos de dignidade!

Há uma criança que nasce e renasce em meio ao monturo!

Em meio ao monturo,

há uma criança que recolhe uma árvore de natal descartada,

e a decora com o brilho dos seus olhos,

com a esperança, com o sonho de um futuro promissor.

Esta criança prossegue na labuta,

catando os resíduos descartados, inclusive para se alimentar.

Esta criança, é a representação do Cristo que num lixão renasce

e a humanidade uma lição ensina:

a desigualdade social faz ofuscar o brilho do Natal

e faz o cenário do presépio mudar de lugar!

“Então é Natal e o que você fez”

para que o Menino Deus não renasça no lixão outra vez?

Sobre a autora:

Maria do Carmo, residente na cidade de Mutuípe (BA), é autora do livro de poesias “Recomendações Poéticas” e da “Coletânea Poética Retalhos de Vivências”. Tem poemas publicados em várias Antologias, entre elas: Tabuleiro de Poesia e Seletos Versos. É professora da Escola Municipal Luís Eduardo Magalhães em Santo Antônio de Jesus e colunista do Tribuna do Recôncavo.

Mutuípe: Escritora Maria do Carmo lançou seu segundo livro “Recomendações Poéticas”

Mutuípe: Escritora Maria do Carmo lançou seu segundo livro "Recomendações Poéticas" - poesia, noticias, mutuipe, destaqueNa foto, Maria do Carmo | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Aconteceu na tarde do último sábado, dia 13, no Salão Paroquial da Paróquia São Roque, em Mutuípe (BA), o lançamento do livro de poesias “Recomendações Poéticas” da professora Maria do Carmo, conhecida por Carmem ou Carminha.

O evento contou com a presença dos escritores locais Neide Thetê e Antônio Carlos Silva, Marise Brito (professora de teatro), Astibaldo Ferreira (professor), Lucas Silva (músico que fez a animação do evento com voz e violão), Hélio Alves (radialista), Jocinere Soares (professora), Padre José Roberto, além de amigos e familiares.

Em sua fala professora Carminha contou sua trajetória literária, ressaltou a importância da sociedade valorizar e reconhecer os escritores locais e regionais, agradeceu ao público presente e explicou o porquê de ter convidado uma criança para recitar uma poesia durante o lançamento. “É uma forma de incentivar a participação das crianças nesses eventos, quem sabe uma criança dessa no futuro não tenha o dom de escrever e recitar”, disse. O evento foi encerrado com sessão de autógrafos.

As poesias de Maria do Carmo são inspiradas no cotidiano, na natureza e na observação dos aspectos culturais e sociais da sociedade e na visibilidade do povo negro, historicamente vitimado pelo racismo. “Recomendações Poéticas” é o segundo livro de poesias de Carminha, que em breve será lançado virtualmente. Ela também é autora do livro “Retalhos de Vivência”, lançado em 2017.

Matéria: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo

Confira no vídeo abaixo o poema “Agonizante” recitado por Maria do Carmo durante o evento!

https://www.youtube.com/watch?v=IQ0TmR-B1Dg

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No dia do professor, 15/10, leia o poema INUSITADA VISITA À SALA DE AULA!

No dia do professor, 15/10, leia o poema INUSITADA VISITA À SALA DE AULA! - poesiaImagem de PublicDomainPictures de Pixabay

Por Maria do Carmo

Acordei cedo como de costume. Fiz o ritual matinal pré escola: banho, café, transporte. Cheguei ao meu local de trabalho, a Escola.

Toca a campainha e lá fui eu para o cumprimento do meu ofício de professor, ao iniciar do letivo dia!

Adentro a sala de aula e saúdo os alunos: Bom Dia! Coloco a bolsa onde estão os apetrechos básicos de um professor ( livros, cadernos, lápis, caneta), sobre a mesa. Sento-me garbosamente, abro a caderneta para iniciar a chamada.

Ao remexer o interior da bolsa a procura de uma caneta, um esnobe e distinto “ser”, num voo rasante, atirou-se ao chão! A turma caiu numa crise de risos! Kkkkkkkk. Alguém exclamou: a barata saiu da sacola da tia!

Fiquei atônita mas fingir também achar graça! Pensava: Esta cena seria uma demonstração de imundície, descuido ou de sujeira ou simplesmente a barata pegou carona intencionalmente?

O problema é saber se ela foi a Escola com o intuito de ser aluna, professora ou simplesmente para fazer a tia passar vexame diante da classe!

Isto não é um conto de carochinha! É um conto baseado na real história de uma letrada baratinha!

Sobre a autora:

Maria do Carmo, residente na cidade de Mutuípe (BA), é autora da Coletânea Poética Retalhos de Vivências, tem poemas publicados em várias Antologias, sendo as mais recentes: Tabuleiro de Poesia, Seletos Versos, O Livro das Marias II e Sarau Brasil. Ela participa de eventos literários, sendo o mais recente no Palco aberto da III Feira Literária de Campina Grande/PB. Maria é professora da Escola Municipal Luís Eduardo Magalhães em Santo Antônio de Jesus e colunista do site de notícias Tribuna do Recôncavo.