Se a dependência química e alcoólica é uma doença que já exige cuidado, o alerta deve ser ainda maior quando as ocasiões festivas podem aumentar as chances da incidência e reincidência do consumo de substâncias licitas e ilícitas que podem trazer consequências físicas e mentais ao usuário.
De acordo com o psiquiatra, Dr. Rogério Jesus, em períodos festivos é preciso que haja cautela devido a euforia provocada pela sensação de festividade, o fato de se comemorar ou tentar esquecer situações, culminam em desejo exacerbado de consumo dos alteradores de humor como drogas ilícitas e lícitas. “Épocas festivas como por exemplo o período junino, pode oferecer riscos para as pessoas que já são dependentes de alguma substância química. O espírito de festejar associado com dias de folga do trabalho, convivência com outros usuários e às vezes com dinheiro no bolso, passa a ser irresistível à sedução das substâncias. É muito comum um esforço de meses em busca da abstinência, ser desperdiçado nesse período com recaídas”, ressaltou.
O médico explica que muitas vezes o dependente se dá a desculpa “é só hoje, que é festa” e apresenta recaída após meses de tratamento. “Em questão de pouco tempo, se ele sofrer algum tipo de influência, volta tudo novamente e aí temos que repensar a estratégia de tratamento novamente, com uma dificuldade as vezes até maior do paciente voltar a abster-se do consumo”.
Conforme o psiquiatra, pessoas que mesmo não tendo o costume de consumir substancias ilícitas, em períodos festivos acabam fazendo por indução dos amigos principalmente. “O que ocorre é um tipo de pressão social para o consumo destas substâncias nas festividades. No início, o indivíduo experimenta sensações prazerosas com o consumo de álcool, depois ele fica mais propenso a repetir esse hábito e a buscar por mais prazer, o que o leva à porta de entrada para drogas como a maconha e cocaína, por exemplo, ” alerta.
O especialista recomenda que familiares e pessoas próximas de dependentes ou potenciais dependentes devem ficar muito alertas em épocas festivas por conta das recaídas. “Sintomas como agressividade e mudanças repentinas de humor são sinais que devem chamar a atenção para que intervenções sejam realizadas. Em caso de reincidência, o paciente deve ser reconduzido de imediato ao tratamento, que na maioria das vezes é a internação – uma opção dos familiares como forma de zelar pela vida dos seus entes queridos. ”
Segundo Levantamento Nacional de Famílias dos Dependentes Químicos (Lenad Família), somente no Brasil, 28 milhões de pessoas têm algum familiar que enfrenta esse tipo de problema, enquanto cerca de 37 milhões de brasileiros são usuários de algum tipo de entorpecente.
Clínica de recuperação em festividades
Devido aos elevados índices, é que cresce o número de clinicas de recuperação com o objetivo de proporcionar o acompanhamento, a desintoxicação, conscientização e reabilitação do paciente através de atividades que proporcionem bem-estar e tranquilidade. “Em períodos que possam ameaçar a recuperação ou a cura do dependente químico, algumas clínicas oferecem internação de pequena duração com entrada e altas programadas para que as pessoas se previnam contra possíveis recaídas. Muitas possuem um serviço que tem o objetivo de dar um novo significado para essas festividades sem excessos, sem drogas ou álcool, fazendo com que elas entendam que é possível se divertir sem o uso de drogas”, explica Rogério.
Para o psiquiatra, a prevenção ainda é a melhor forma de cuidado. “É preciso que exista uma atitude preventiva para que seja evitada as consequências negativas que a dependência química pode trazer para o indivíduo que pode ser desde a efeitos bastante nocivos à saúde como para vida do usuário como um todo”.
O médico alerta que nem todo mundo tem noção do quanto é difícil para um dependente em recuperação estar numa festa regada a bebida e dizer “não”, referindo-se àquelas pessoas inconvenientes que insistem em oferecer “apenas uma dose pra brindar”. “Para quem está em abstinência, por sua vez, é difícil entender que existe diversão sem bebidas, sem droga. Em alguns casos, a recomendação para estas pessoas, é evitar determinada festa e que exista uma rede de apoio para elas com pessoas que as protejam.”
ASCOM


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