Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado em 2021, evidenciou que, entre os brasileiros que não usaram preservativo na última relação que tiveram, em 12 meses, 73,4% afirmaram que não o fizeram por confiarem no parceiro.
Acerca disso, sabe-se que as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) figuram entre os problemas de maior impacto sobre os sistemas públicos de saúde e a qualidade de vida das pessoas, seja no Brasil, seja no mundo. Nesse sentido, o uso de preservativos, as famosas “camisinhas”, são cruciais na redução da incidência de IST’s. Elas dispõem, ainda, de um papel essencial quando se fala em evitar gestações não planejadas, tendo em vista que no país a iniciação sexual é cada vez mais precoce.
É preciso enfatizar que sexo seguro é um ato de autocuidado, dizendo repeito à pessoas solteiras, casadas, em relações monogâmicas ou não, já que deve prevalecer o sexo protegido e, independente do status de relacionamento, não há garantias. Relacionado a isso, no último estudo realizado pela Famivita, 88% dos entrevistados apontaram ter um relacionamento fixo, sendo que 33% deles explicaram que já mantiveram relação sexual fora de um relacionamento, sem preservativo.
Especialmente entre 18 e 24 anos, os integrantes disseram ter tido relação sexual sem preservativo, fora de um relacionamento, com 39%. Quando se trata da faixa etária dos 25 aos 29 anos, esse número foi de 33%.
A observação dos dados por estado mostrou que no Amazonas 46% dos integrantes da pesquisa mantiveram relações sexuais sem preservativo, mesmo estando fora de um relacionamento. No Espírito Santo, esse número foi de 39% e em São Paulo de 34%. Sobre isso, Pernambuco e Tocantins empataram com 30%. Por outro lado, em Sergipe, 13% afirmaram terem feito isso.
O estudo também trouxe a informação que 92% dos entrevistados sabem que o preservativo evita as IST ‘s. Por gênero, 88% dos homens afirmaram ter ciência que a camisinha previne as infecções, contra 93% das mulheres.
Proteção gratuita
As IST ‘s são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, estando entre eles o herpes genital, sífilis, gonorreia, HPV, clamídia, tricomoníase, além das hepatites virais B e C, podendo, dependendo da enfermidade, evoluir para sérias complicações.
O preservativo é considerado o método de proteção mais acessível à população. No Brasil, é direito de todos, inclusive, retirar camisinhas nas unidades de saúde. O Governo Federal também oferece o Disque Saúde (136), com o objetivo de informar pontos onde há camisinhas disponíveis.
ASCOM