Um grupo de quatro trabalhadores da construção civil foram resgatados durante a operação do Ministério Público do Trabalho (MPT-BA), em situação análoga ao trabalho escravo no município de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. A operação ocorreu nos dias 1º e 2 deste mês em um loteamento, localizado na Rua Ministro Antônio Carlos Magalhães, bairro de Buraquinho, onde os trabalhadores trabalhavam na construção de casas e estavam alojados em condições precárias.
A configuração de trabalho escravo se deu, dentre outros aspectos, pelas péssimas condições do alojamento onde as vítimas residiam, pela falta de condições de armazenamento dos alimentos consumidos, que não eram fornecidos pelos empregadores, pela ausência de instalações sanitárias adequadas, não fornecimento de água potável, e de equipamentos de proteção, mesmo para atividades com elevado risco de acidentes, além das condições precárias de higiene no local.
Os proprietários dos lotes onde o grupo trabalhava foram responsabilizados por submeter os homens a condição de trabalho análogo ao de escravos e tiveram que arcar com as verbas rescisórias e com uma indenização de R$5 mil para cada um, além de R$30 mil por danos morais coletivos, que deverão ser depositados dentro de 30 dias no Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad).
Edição: Tribuna do Recôncavo | Informações: Bahia Noticias.