Os mais de 300 trabalhadores de limpeza urbana que atuam no município de Lauro de Freitas (BA), na Região Metropolitana de Salvador (RMS), paralisaram suas atividades por vacinação contra a covid-19 a partir desta segunda-feira (24). A gestão municipal chegou a iniciar o processo de imunização da categoria, mas parou após atingir 100 vacinados, menos da metade dos garis e margaridas que atuam nas ruas da cidade no último sábado (22). De acordo com o SindilimpBA, os trabalhadores e trabalhadoras vão ficar parados até a gestão vacinar os profissionais que atuam na linha de frente da pandemia.
Para a coordenadora-geral do sindicato, que defende a categoria, Ana Angélica Rabello, a paralisação segue o cronograma da entidade de apoiar as manifestações dos trabalhadores. “No interior, estamos apoiando toda e qualquer manifestação ligada à vacinação contra o novo coronavírus. São esses trabalhadores que estão há mais de um ano enfrentando o inimigo invisível cotidianamente, arriscando suas vidas e a de seus familiares. Não é justo que eles estejam na linha de frente e não sejam vacinados. Não vamos ser cúmplices dessa falta de compromisso com os trabalhadores”, critica Ana.
Conforme dados divulgados pelo SindilimpBA, os trabalhadores em Lauro de Freitas atuam por duas empresas, em forma de consórcio, sendo que a Naturalle e a Jotagê são responsáveis pelos profissionais que atuam no município. Ainda conforme o sindicato, essa é a segunda cidade que para as atividades por conta da vacinação na Bahia, a primeira foi Juazeiro. “Não temos outra alternativa, já dialogamos com as gestões, com as empresas, sabemos das dificuldades, mas os garis e as margaridas são essenciais, não é porque são pobres que são menos que outras categorias”, completa Ana Angélica.
Matéria: Vitor Fernandes/ Ascom do SindilimpBA