Por Ricardo Souza – urologista
Com as temperaturas cada vez mais altas, é importante aumentar o consumo de líquidos para reforçar a hidratação do corpo, já que quando não há a adequada reposição da água perdida com a transpiração, a urina torna-se muito concentrada em minerais que podem se sedimentar, se cristalizar e formar os cálculos, mais conhecidos como pedras nos rins. A doença, que possui alta prevalência no Brasil, não é influenciada apenas pelo calor excessivo. Predisposição genética, uso de alguns medicamentos e alterações metabólicas, como a excreção excessiva de cálcio, ácido úrico e oxalato ou a reduzida eliminação de citrato na urina também são fatores de risco importantes.
Dor forte de início súbito, predominantemente lombar, irradiando para o abdome, bexiga, testículos (nos homens) ou grandes lábios (nas mulheres) e face interior das coxas, costuma ser indicativo de cálculo do tipo que desce pelo ureter (canal da urina entre o rim e a bexiga) e obstrui o fluxo urinário, com distensão da cápsula renal. A intensidade da cólica costuma ser crescente, o paciente pode ficar pálido, agitado e suar frio. Na bexiga, mais raramente, o cálculo pode obstruir o fluxo urinário, podendo ou não ser eliminado no jato urinário. Presença de sangue na urina com frequência acompanha os casos de cólica renal. Sintomas como náuseas, vômitos, anorexia, mal estar e infecção do trato urinário também podem se manifestar.
Segundo o urologista Ricardo Souza, além desse conjunto de sintomas, o diagnóstico depende da realização de exames de sangue e urina. “A tomografia de rins e vias urinárias traz detalhes sobre a localização, quantidade, tamanho e dureza dos cálculos, possibilitando a tomada de decisão mais segura. De acordo com os dados clínicos e exames laboratoriais e de imagem, é definida a melhor conduta para cada caso, explicou o integrante dos grupos URO+ Urologia Avançada e Robótica Bahia – Assistência Multidisciplinar em Cirurgia.
A maioria dos pequenos cálculos em trânsito pelo ureter é eliminada espontaneamente. Se as condições permitirem, alguns pacientes podem ser acompanhados apenas para tentar a expulsão espontânea da pedra, evitando procedimentos. “Para essa alternativa conservadora, é fundamental o paciente ter adequado controle da dor, não estar diante de infecção urinária, manter boa função renal e ter fácil acesso a seu urologista. Prescrevemos medicações que ajudam nesse processo e é interessante o paciente coar a urina para identificar a saída da pedra”, destacou Ricardo Souza.
Quanto maior o cálculo, menor é a chance de passagem espontânea, sendo muitas vezes necessária a realização de procedimentos, como litotripsia extracorpórea (máquina que emite energia em forma de ondas externas ao corpo e fragmenta o cálculo), ureterolitotripsia (endoscopia urinária que consiste na introdução de um aparelho pelo canal da urina para quebra do cálculo utilizando o laser) e cirurgias percutâneas (modalidade de tratamento mais invasiva e menos frequente, com indicações precisas e riscos controlados). A cirurgia laparoscópica também pode ser utilizada em cálculos na pelve renal e ureter.
Para Ricardo Souza, a prevenção da formação de novos cálculos é tão importante quanto o tratamento, pois até metade dos pacientes pode voltar a apresentar a doença novamente. A avaliação médica pelo urologista após o tratamento da cólica renal é indispensável, pois a investigação dos fatores associados ajuda a reduzir a formação de novos cálculos. “Medida simples é aumentar o consumo de líquidos. O melhor é a água. Consumir quantidade suficiente para produzir 2,5 litros de urina por dia, limitar o consumo de sal, evitar o excesso de proteínas, realizar atividade física, combater a obesidade e os níveis altos de glicemia são fundamentais na prevenção dos cálculos urinários”, concluiu o urologista.


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