Por André Moreira – médico
O mês de setembro é voltado ao combate e conscientização contra o suicídio. Pelo estigma presente na sociedade, o tema ainda é cercado por tabus. Muitas pessoas precisam apenas de um momento de atenção, outras, no entanto, precisam de controle médico e de medicação específica. “Os neuro-hormônios ou ‘hormônios da felicidade’ podem estar em desordem, com níveis alterados. E essas pessoas podem ter modificações de humor e de comportamento, assim como ocorre em algumas mulheres na TPM, porém de forma mais intensa e grave, levando a pessoa num desespero absoluto que culmina com a mais trágica atitude que se pode realizar, tirar a própria vida”, explica o médico pós-graduado em endocrinologia, André Moreira.
Em certos momentos, ao se deparar com frustrações, o indivíduo não tem suporte ou não consegue tolerar tal situação, se vendo incapaz de sair ou de procurar soluções. “Essas situações do mundo atual podem gerar alterações neuro-hormonais que causam ansiedade, angústia, tristeza e até a vontade de desistir ou de morrer”, completa.
Corpo e mente
Quando a saúde emocional não vai bem, o corpo sente. “Pode-se também desenvolver várias compulsões alimentares a partir disso, como forma de compensação momentânea para uma tristeza. Por exemplo, maior ingestão de alimentos, doces, bebidas alcoólicas ou refrigerantes e, assim, ter outro fator de risco, a obesidade”, frisa o especialista.
A obesidade é a raiz de outras doenças. “Por meio dela, podem surgir problemas ortopédicos, artroses, desgastes, dores musculares, hérnias de disco, alterações no colesterol, aumento da pressão arterial, alteração da glicemia, diabetes tipo 2, maior risco de trombose, embolia, infarto e AVCs. Além de piorar a autoestima e do quadro emocional do indivíduo”, pontua.
Aliado a isso, ainda existe o preconceito estabelecido em relação ao uso de medicações antidepressivas, ansiolíticas e para controle da obesidade, que podem gerar dependência, afetar o organismo ou fazer mal. “A crença de que essas substâncias devem ser usadas por um período de tempo limitado, sendo isso sinônimo de ‘cura’ da doença, estimulam o paciente a interromper o tratamento. A falta das medicações pode desestabilizar o problema do paciente e, eventualmente, levar ao quadro depressivo mais grave”, acrescenta.
Tratamento contínuo
André ressalta que muitos familiares e amigos, além da sociedade como um todo, ainda não entendem que doenças crônicas requerem tratamentos diferenciados que, provavelmente, irão durar até o fim da vida. “Se, por exemplo, falta hormônio da tireóide, é mandatório repô-lo, se falta cortisol, hormônio da glândula adrenal, deve-se repô-lo imediatamente, sob risco de morte, mas quando se fala de obesidade e neuro hormônios, a situação se inverte e o medicamento passa a ser visto como algo que gera dependência e que faz mal. Uma pessoa com níveis baixos de serotonina, um neuro hormônio associado a sensação de felicidade, necessita também de medicação que normalize esses níveis para manter a saúde psíquica das pessoas. Ninguém fica viciado em insulina ou em hormônio da tireoide, usa-se porque é necessário a vida”, finaliza André.
Sobre o autor
André Moreira, formado em Medicina, desde 2008, pela Universidade Federal De Minas Gerais – UFMG, pós-graduado em endocrinologia e tratamento da obesidade. Instagram:@drandre.moreira, facebook: dr.andrebmoreira.


Na foto, Dr. André Moreira | Divulgação


Foto: Divulgação 
Crédito: Iara Passos
Image by congerdesign from Pixabay
Imagem por Alexander Fox | PlaNet Fox da Pixabay
Foto: Paulo Cesar Amaral
Foto: Tribuna do Recôncavo
Foto: Tatiana Azeviche Ascom SeturBA
Imagem ilustrativa de Andreas Breitling por Pixabay
Foto: Manuela Cavadas-/Seagri
Foto: Luciano Almeida
Foto: André Frutuôso
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Image by Wokandapix from Pixabay
Imagem Ilustrativa de Angelo Esslinger do Pixabay
Imagem ilustrativa de Wokandapix por Pixabay
Foto: Joseane Rodrigues
Imagem de freepik
Image by 3D Animation Production Company from Pixabay
Foto: Darlan Nunes/ Seagri
Imagem de Luk Luk do Pixabay
Imagem de Esi Grünhagen por Pixabay
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Giulia Guimarães_Ascom SDE
Foto: Divulgação
Foto: Agnelo Câmara (Ascom/Sudene)
Image by Daniel Reche from Pixabay
Imagem de Free-Photos do Pixabay
Foto: Divulgação
Foto: Virginia Duarte
Imagem Ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Image by Free stock photos from www.rupixen.com from Pixabay
Foto: Ane Novo/ Ascom SPM
Imagem de mohamed Hassan por Pixabay
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Jerônimo Gonzalez/MS
Foto: Divulgação
Imagem Ilustrativa | Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Arte: Divulgação
Imagem de Antonio Corigliano do Pixabay
Arte: Divulgação
Image by Niek Verlaan from Pixabay
Imagem de Daniel Reche por Pixabay
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
Foto: Luciano Almeida
Imagem de Arek Socha do Pixabay
Foto: Claudio Lima
Imagem por congerdesign de Pixabay
Foto: Mariana Alves/Iphan
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Foto: Dora Sugimoto
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
Foto: Elka Macêdo
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Image by Firmbee from Pixabay
Imagem Ilustrativa | Foto: Luciano Almeida
Foto: Cadu Gomes/VPR
Foto: PRF
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Uanderson Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Arquivo Pessoal
Image by StockSnap from Pixabay
Foto: Divulgação/ Polícia Federal
Imagem Ilustrativa | Foto: Uanderson Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Geraldo Carvalho
Foto: Reprodução/ Vídeo
Imagem de Susanne Jutzeler, Schweiz, da Pixabay
Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia
Foto: Victor Ferreira/EC Vitória
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem de Darko Stojanovic de Pixabay
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Reprodução/ Vídeo
Imagem Ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Reprodução/ Vídeo - ALBA
Ilustrativa | Foto: Haeckel Dias/ Ascom PC
Imagem Ilustrativa | Arquivo: Tribuna do Recôncavo
Imagem Ilustrativa de sungmin cho por Pixabay
Foto: Luciano Almeida
Foto: Uanderson Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem de Katrin B. por Pixabay
Imagem ilustrativa de Couleur por Pixabay
Foto: Arquivo Pessoal
Imagem de silviarita do Pixabay
Foto: Djalma Ameida/ CPN
Foto: Amanda Ercília/GOVBA
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Foto: Alberto Maraux/SSP
Imagem Ilustrativa by Free-Photos from Pixabay
Image by Terri Cnudde from Pixabay
Foto: Arquivo Pessoal