“Apesar da falta de respeito e omissão a programação foi cumprida” disse Rosa Rocha, coordenadora do Movimento 11 de Dezembro sobre as atividades realizadas no Bairro Irmã Dulce, em Santo Antônio de Jesus (BA), no último sábado, dia 10, e neste domingo, dia 11, quando foi celebrado o aniversário de 24 anos da explosão da fábrica clandestina de fogos que ceifou a vida de 64 pessoas.
No sábado houve diálogo, avaliação e reflexão com autoridades. Para esse evento “a Secretaria Municipal de Saúde em Santo Antônio de Jesus e a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) enviaram representantes que nunca estiveram presentes nas reuniões do movimento. Chegaram aqui pra tirar dúvidas, querendo saber como é que era [o Movimento 11 de dezembro]”, disse Rosa.
A reunião também contou com a presença do Defensor Público Federal Vladmir Correira, do Superintendente da SUTRAG Yulo Oiticica, dos advogados Aton Fon e Paulo Torres, além de Sandra Carvalho e Ana Maria do Fórum dos Direitos Humanos. O objetivo da reunião foi cobrar dos órgãos públicos o cumprimento de uma determinação judicial que torna prioritário no SUS o atendimento aos sobreviventes e familiares das vítimas da explosão da fábrica de fogos.
A programação foi encerrada neste último domingo com um ato simbólico na Praça Bom Jesus. Com os participantes do movimento segurando balões pretos com os nomes das vítimas, Manoel Missionário conduziu um momento de oração e em seguida soltaram os balões. “A proposta do balão preto é porque a Justiça ainda não aconteceu…, por isso ainda permaneceremos de luto”, disse Manoel.
Matéria: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo®
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