Entrou em cartaz na noite desta última sexta-feira (5), no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), na Avenida Contorno, em Salvador, a exposição Imaginária do artista plástico, fotógrafo e pintor internacional Vik Muniz. São 20 telas que revisitam a arte sacra e foram criadas a partir de milhares de recortes de catálogos de exposições, que resultam nas imagens de Jesus Cristo, São Miguel Arcanjo, São Pedro, Nossa Senhora, entre outros santos.
“Essa obra foi feita para salvar uma creche que fica a 150 metros da minha casa, que atende a 500 crianças da favela do Vidigal, Rocinha e Parque da Cidade, no Rio de Janeiro. Ela estava para fechar. Eu já havia feito algumas obras com santos. E como o contexto de galerias de arte comercial e museus não se interessam, eu propus fazer essa exposição na creche. Foi uma coisa muito fortuita porque nós não só conseguimos salvar a creche com a venda das obras, como teve uma repercussão enorme no Rio de Janeiro e agora a exposição está viajando”, contou Vik Muniz durante a abertura da exposição.
A exposição, que já passou por São Paulo e Tókio, no Japão, e está em cartaz, simultaneamente, em Salvador e Avignon na França, segue aberta ao público até 31 de agosto, das 13h às 18h, de terça a sábado.
“Quando houve a possibilidade de vir a Salvador para mim foi uma alegria muito grande. É um assunto que fala tanto com a cidade, que é um lugar de fé. Mesmo se as pessoas não se interessam por arte contemporânea, elas vão ter uma relação muito próxima com o assunto”, acrescentou o artista.
A exposição é uma realização do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), autarquia da Secretaria de Cultura (Secult).
“A proposta do Governo do Estado através da Secult e dos museus, é que a gente possa cada vez mais inserir a Bahia nesse cenário da arte internacional. Eu acho que junto com a entrega que vamos fazer do MAM no próximo dia 11, o equipamento se qualifica para receber essas obras e outras exposições”, declarou o diretor geral do Ipac, João Carlos Oliveira.
A abertura da exposição contou com a presença da secretária de Cultura, Arany Santana e de Políticas para as Mulheres, Julieta Palmeira. O público presente aprovou a mostra.
“Sou educadora e, enquanto tal, fico impressionada com a arte e o quanto ela toca nosso coração. Ver todas essas imagens e a mistura de figuras, de cores, de objetivos, termina nos tocando, nos emocionando”, contou a professora Lucineia Santos.
Editado por Tribuna do Recôncavo | Reportagem: Lina Magali/ Secult