Por Dra. Ivone Nascimento – ginecologista.
As estações quentes podem afetar o equilíbrio da microbiota vaginal e, consequentemente, aumentar a proliferação de fungos e bactérias nessa região. Isso acontece porque, nestas temporadas, há uma necessidade de um maior contato com a água para amenizar o calor, como idas constantes a rios, piscinas e praias, onde também tem areia, somado a altas temperaturas, com a alta umidade tem o crescimento de patógenos genitais, os mais comuns: cândida albicans, gardnerella vaginalis e trichomonas vaginalis.
De acordo com a ginecologista Dra. Ivone Nascimento, intensificar a higienização e adotar alguns hábitos podem ajudar a proteger o equilíbrio da flora vaginal. “Aumentar a limpeza, evitar permanecer muito tempo com biquínis molhados e optar por roupas leves ajudam a região a respirar”, destaca. Além disso, a médica ainda ressalta que um dos principais fatores internos que contribuem para esse desequilíbrio é a disbiose, uma alteração intestinal que favorece a diminuição das defesas e a migração dos fungos e bactérias intestinais para a vagina. “Isso tem por consequência, não só o incômodo vaginal, como o prurido, irritação, fluxo genital com odor, mas, em alguns casos, também ocorre a infecção das vias urinárias e compulsão por doces, está, a longo prazo, perpetua o estado infeccioso”, afirma a especialista.
“As pessoas comem muito mal durante todo o ano, não têm cuidado com a alimentação, então, quando chega o verão tudo se intensifica: ela já está com o intestino comprometido e com uma ruptura das junções intestinais, o que facilita a migração das bactérias e fungos, que são componentes da microbiota intestinal habitual, para a vagina”, sinaliza a médica. A Dra. Ivone reforça que a alimentação inflamatória, bem como as intolerâncias alimentares, aumentam a transição desses fungos e bactérias. “As pessoas que são sensíveis a determinados alimentos, como o leite, por exemplo, geralmente têm alteração da permeabilidade do intestino, o que colabora para as infestações por fungos na vagina (fungos de repetição)”, salienta.
No entanto, alguns alimentos ajudam a manter o equilíbrio da flora vaginal, beneficiando assim, os microorganismos existentes para a defesa do órgão. “O ideal é aderir a uma dieta mais natural, rica em fibras (prebióticos) e probióticos que aumentam os microrganismos de defesa a nível de intestino, os lactobacilos, os quais mantém o organismo como um todo saudável, incluindo a vagina”, destaca a ginecologista, enfatizando que deve-se evitar a ingestão de glúten, leite, açúcar refinado, alimentos ultra processados e industrializados.
Diagnóstico e tratamento
Segundo a ginecologista, o diagnóstico das infecções genitais é feito através da correlação clínica com o exame físico geral e o preventivo ginecológico, se necessário realizar cultura vaginal. “Quanto ao tratamento, este é específico para cada paciente, que pode ser o uso de medicamentos tópicos (externos), orais ou intravaginais”, declara a especialista. Algumas estratégias como mudança da dieta, aderir uma alimentação anti-inflamatória, podem ajudar. O uso do óleo de coco em cápsulas vaginais e o bicarbonato de sódio, em banho de assento, também colaboram com o ajuste do PH vaginal e podem ser utilizados em casos pontuais, já as duchas vaginais com ervas calmantes não é recomendado.
Contudo, o tratamento deve seguir uma lógica, explica a médica. “Inicialmente devemos descobrir a causa, por exemplo, se for uma disbiose, o primeiro passo será o tratamento do intestino, retirando alimentos nocivos e aqueles que a paciente seja intolerante, e sim, utilizar a medicação necessária para a pessoa”, informa. “Nos casos de infecções genitais de repetição esse é um ponto muito importante, já que o intestino em desequilíbrio é a causa principal, devemos através dessas medidas promover o controle destes quadros que tanto se repetem comprometendo a qualidade de vida desses pacientes. Outra alternativa é acidificar a vagina e usar ozonioterapia, mas, o passo primordial é mesmo a correção do intestino”, finaliza a ginecologista.
Fonte: Hapvida NotreDame Intermédica.


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