O Coletivo Carrinho de Mão, formado por Cintia Santos, Edu O., Lucas Valentim e William Gomes, cai na estrada e faz sua primeira parada na cidade de Camaçari, de 4 a 8 de outubro, no Teatro Cidade do Saber. Afirmando a presença de indivíduos com e sem deficiências nos palcos, nas plateias e nas atividades de formação em artes, o projeto “Na estrada com Carrinho de Mão: circulação, formação e acessibilidade”, realizado em parceria com a Giro Planejamento Cultural, apresenta três espetáculos do repertório artístico do grupo – “Audionudescrição”, “Odete, traga meus mortos” e “Judite quer chorar, mas não consegue!” – associados a duas oficinas, com programação totalmente gratuita, contando com tradução em Libras e audiodescrição.
De sexta-feira a domingo, uma diferente peça estará em cena a cada data: “Audionudescrição”, no dia 6, às 19h; “Odete, traga meus mortos”, no dia 7, também às 19h; e “Judite quer chorar, mas não consegue!”, no dia 8, às 16h. Os ingressos serão distribuídos a partir de 14h na bilheteria do local.
Das atividades de formação, Cintia Santos e Edu O. se unem na “Oficina de produção acessível: princípios para uma abordagem anticapacitista na produção cultural”, que será no dia 4 (quarta-feira), das 15h às 19h. Já a “Oficina de criação em dança”, com Lucas Valentim e William Gomes, focada na investigação de composições a partir de princípios da audiodescrição, acontecerá em dois dias, 6 e 7 de outubro (sexta-feira e sábado), das 9h às 12h. Ambas são voltadas a qualquer pessoa – com e sem deficiência – a partir dos 16 anos. As inscrições serão feitas no local, 30 minutos antes do início das atividades.
O projeto “Na estrada com Carrinho de Mão: circulação, formação e acessibilidade” foi contemplado pelo Edital Setorial de Dança 2019 e tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.
Depois de Camaçari, os próximos destinos serão Acupe (Santo Amaro) e Lauro de Freitas, previstos para novembro, com programação a ser divulgada em breve.
Na estrada com Carrinho de Mão:
circulação, formação e acessibilidade
Edição Camaçari
Espetáculos: com tradução em Libras e audiodescrição
Onde: Teatro Cidade do Saber
Quanto: Gratuito (ingressos distribuídos a partir de 14h na bilheteria do local, em cada dia de apresentação)
Classificação indicativa: Livre
= Audionudescrição
Concepção: William Gomes
Intérpretes-criadores: Cintia Santos, Edu O., Lucas Valentim e William Gomes
Sinopse: Uma sinopse se desenvolve aqui, palavra por palavra, tempo a tempo. Uma frase se passou, e outras tantas estão chegando. A gente vai se revelando e se traduzindo em corpos e encontros nesse pré-texto poético, tátil e audiodescritivo que dança e compõe inspirado nas tecnologias assistivas. Dançaremos com imaginações < > imagens < > descrições < > sinais < > sons < > palavras < > encontros.
Quando: 6 de outubro (sexta-feira), 19h
= Odete, traga meus mortos
Intérpretes-criadores: Edu O., Cintia Santos e Lucas Valentim
Sinopse: Espetáculo apresenta narrativas de memórias de infância, histórias contadas pelos mais velhos e a morte como um movimento de estar vivo. Ao chegarmos a algum lugar, chegamos com marcas do passado, de experiências vividas, antepassados, histórias de família, dos lugares passados. Nos pés ficam os calos e o pó da terra por onde caminhamos. No corpo, ficam registradas as imagens, os odores, os sons, as histórias que encontramos em cada esquina, em cada rua, casa, monumento, pessoa. Ao retornarmos (porque sempre se retorna), aquele lugar visitado, introduzido, apropriado, nos segue e acompanha em outras freguesias.
Quando: 7 de outubro (sábado), 19h
= Judite quer chorar, mas não consegue!
Criador-intérprete: Edu O.
Intérprete de Libras-performer: Cintia Santos
Sinopse: Tudo no mundo se transforma! Não seria diferente com espetáculo “Judite quer chorar, mas não consegue!”, que tem os recursos de acessibilidade como audiodescrição e Libras inseridos na própria cena. “Judite…” retorna aos palcos depois de um hiato de sete anos, agora, como uma contação de história dançada. Concebido a partir de elementos autobiográficos, narra a história de uma lagarta que, amedrontada diante das transformações naturais da vida, hesita (e evita) em seguir o percurso de tornar-se borboleta, até sonhar com as pipas e vislumbrar uma possibilidade de futuro colorido. “Judite…” singra as zonas de silêncio onde residem as emoções humanas, fazendo-nos refletir, enquanto indivíduos, sobre o impacto da inexorável solidão.
Quando: 8 de outubro (domingo), 16h
Oficinas: com tradução em Libras
Onde: Sala do curso de Teatro Cidade do Saber
Quanto: Gratuito (inscrições no local, 30 minutos antes do início de cada atividade)
Público-alvo: Pessoas a partir dos 16 anos
= Oficina de produção acessível: princípios para uma abordagem anticapacitista na produção cultural
Experiência teórico-prática na construção de um pensamento anticapacitista na produção cultural, levando em conta uma breve abordagem histórica da deficiência, conceituação do capacitismo e noções básicas para implementação de medidas de acessibilidade nos projetos culturais com Libras e tecnologias assistivas, a exemplo da audiodescrição e legendagem.
Com: Cintia Santos e Edu O.
Quando: 4 de outubro (quarta-feira), 15h às 19h
Número de vagas: 10
= Oficina de criação em dança
Investigação de composições em dança a partir de princípios da audiodescrição (tecnologia de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, cognitiva e cegas), tais como descrição de imagens e descrição tátil.
Com: Lucas Valentim e William Gomes
Quando: 6 e 7 de outubro (sexta-feira e sábado), 9h às 12h
Número de vagas: 20
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