Entre os brasileiros, 33% afirmam já terem sofrido ou terem sido vítima de uma tentativa de golpe bancário. E esse problema só tem se tornado mais frequente nos últimos anos. É o que aponta a pesquisa RADAR Febraban, Pesquisa Febraban-Ipespe, divulgada na segunda-feira, dia 6.
O levantamento ouviu 2 mil pessoas entre 4 e 14 de fevereiro de 2023. E, entre os respondentes, 31% dizem já terem sido alvos de golpe ou ao menos de uma tentativa. O índice estava em 21% em setembro de 2021, no início da série histórica de pesquisas.
“Os praticantes de golpes, infelizmente, são espertos e se adaptam às novas tecnologias. O uso do WhatsApp para cometer o crime é o segundo meio mais comum. Entretanto, o topo da lista segue pertencente à clonagem do cartão de crédito. Trata-se de um golpe antigo, o que faz com que a realização de campanhas de prevenção seja fundamental”, defende o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.
A clonagem do cartão de crédito ou a troca de cartões foi citada por 48% dos entrevistados. A lista segue com os criminosos se passando por conhecidos para pedir dinheiro pelo WhatsApp (26%), a solicitação de dados por meio de suposta central telefônica (25%) e o golpe do leilão ou da loja virtual falsa (7%).
O estudo foi feito com um público representativo da população adulta brasileira acima de 18 anos de todas as regiões do país, com cotas de sexo, de idade, de localidade, de instrução e de renda. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
FEBRABAN