Nos últimos cinco anos, 396 meninas menores de 14 anos foram diagnosticadas com sífilis na Bahia. Entre as adolescentes de 15 a 19 anos o número chega à casa dos milhares, com 2.344 ocorrências. Os dados estão presentes em um levantamento feito pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), repassado ao Bahia Notícias, que trata sobre diagnósticos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) em crianças e adolescentes.
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum e, se não for tratada precocemente, pode comprometer vários órgãos como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso. A doença também pode ser transmitida verticalmente, da mãe para o feto, por transfusão de sangue ou por contato direto com sangue contaminado.
Dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) indicam que no período em questão a Bahia registrou 213 casos de sífilis em meninas menores de 10 anos e 183 casos em garotas com idade entre 10 a 14 anos.
A sífilis se manifesta em três estágios, primário, secundário e terciário. Nos dois primeiros, os sintomas são mais evidentes e o risco de transmissão é maior. O terceiro, no entanto, se caracteriza por um período assintomático, em que a bactéria fica latente no organismo, mas a doença retorna com agressividade acompanhada de complicações graves, podendo causar cegueira, paralisia, doença cardíaca, transtornos mentais e até a morte.
Além de sífilis, a Sesab repassou dados de diagnósticos entre crianças e adolescentes outras duas DSTs: HTLV e Hepatite B.
HTLV
Da família do HIV, o HTLV foi diagnosticado em 176 meninas de até 19 anos entre 2015 e 2019. Conforme informações da Sesab, deste total 35 casos foram em menores de 10 anos, 13 em garotas com idade de 10 a 14 anos e 128 casos em meninas de 15 a 19 anos.
O HTLV é um retrovírus que infecta a célula T humana, que é um tipo de linfócito importante para o sistema de defesa do organismo. A doença é transmitida por via sexual e através de transfusão de sangue e uso compartilhado de seringas. O vírus se apresenta em dois tipos, o HTLV-I, relacionado a doenças neurológicas graves e degenerativas e hematológicas, e o HTLV-II, cuja ligação com alguma patologia ainda não foi determinada.
HEPATITE B
Um dos cinco tipos no Brasil, a Hepatite B afetou 17 meninas menores de 10 anos entre 2015 e 2019, quatro com idade entre 10 e 14 anos e 62 de 15 a 19 anos. A doença infecciosa é causada pelo vírus B (HBV), que fica presente no sangue, no esperma e no leite materno.
A doença é transmitida através de relações sexuais, transfusão de sangue contaminado, da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação, e pelo compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam.
O Ministério da Saúde destaca que a maior parte dos casos de hepatite B não apresenta sintomas. No entanto, os mais comuns incluem cansaço, tontura, enjoo e vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após a infecção.
A hepatite B pode se desenvolver de duas formas, aguda e crônica. A aguda é quando a infecção tem curta duração. Os profissionais de saúde consideram que a forma é crônica quando a doença dura mais de seis meses. O risco de a doença tornar-se crônica depende da idade na qual ocorre a infecção. As crianças são as mais afetadas. Naquelas com menos de um ano, esse risco chega a 90%; entre um e cinco anos, varia entre 20% e 50%. Em adultos, o índice cai para 5% a 10%.
CAMPANHA ‘TUDO TEM SEU TEMPO’
Nesta semana, os ministérios da Saúde e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos lançaram uma campanha para prevenir a gravidez precoce e infecções sexualmente transmissíveis, intitulada de “Tudo tem seu tempo: Adolescência primeiro, gravidez depois”. O objetivo, de acordo com o governo, é a redução da gravidez precoce e consequências para toda a vida.
A ideia da ministra da Mulher, Damares Alves, é de que pais e responsáveis orientem as crianças e adolescentes a retardarem o início da vida sexual.
“Com base em informações de saúde e comportamentais, a proposta é despertar a reflexão e promover o diálogo entre os jovens e as suas famílias em relação ao desenvolvimento afetivo, autonomia e responsabilidade”, publicou o Ministério da Saúde.


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