Acaba de ser publicada no Diário Oficial da União a Portaria GM/MS n° 1996, de 24 de novembro de 2023, que oficializa a disponibilização da Trombectomia Mecânica (TM), procedimento minimamente invasivo para tratar o AVCi (Acidente Vascular Isquêmico), no SUS.
Segunda causa de morte e a primeira de incapacidade no mundo, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando há uma alteração na circulação sanguínea do cérebro. Ele pode ser isquêmico – quando um vaso sanguíneo no cérebro fica bloqueado devido a um coágulo ou trombo – que é o tipo mais comum, correspondendo a 85% dos casos, ou o hemorrágico – quando a artéria se rompe e o sangue extravasa.
Minimamente invasiva, a Trombectomia Mecânica complementa a trombólise, única opção até então disponível na rede pública de saúde e nem sempre eficiente para os casos mais graves do AVCi. Além de segura e eficaz, uma das grandes vantagens da TM é que pode ser utilizada até 24 horas após os primeiros sintomas do AVCi com sucesso, enquanto outras formas de tratamentos, como os medicamentos trombolíticos, têm uma janela restrita de indicação e sucesso somente até 4,5 horas depois das manifestações iniciais da doença.
“A cada minuto que passa são 2 milhões de neurônios que morrem no AVC. A incorporação da Trombectomia Mecânica é uma vitória de valor inquestionável para uma das doenças que mais incapacitam no mundo”, comemora Michel Frudit, neurorradiologista intervencionista, é chefe do Serviço de Neurorradiologia Intervencionista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Vantagens da técnica
A Trombectomia Mecânica consiste na desobstrução da artéria cerebral realizada por um cateter que leva um dispositivo endovascular, um stent ou um sistema de aspiração, para remover o coágulo sanguíneo do cérebro. Com o procedimento, a taxa de recanalização na oclusão de grandes vasos chega a 77% (NOGUEIRA, 2018, WHITELEY, 2017), significativamente mais eficiente que o tratamento convencional de trombólise endovenosa, com 11% (TSIVGOULIS, 2018).
A TM proporciona também melhor qualidade de vida ao paciente, aumentando a sua capacidade funcional (cognitiva e motora) e dando maior independência no pós-AVC. Estudos apontam ainda que 46% dos pacientes que foram submetidos a essa nova técnica se mostraram independentes após três meses de tratamento, contra apenas 26,5% do grupo que recebeu a trombólise endovenosa (GOYAL, 2016).
A incorporação da técnica considerou o RESILIENT, estudo financiado pelo Ministério da Saúde, realizado em 12 hospitais públicos brasileiros, que comparou a Trombectomia Mecânica com o tratamento clínico até 8 horas do início do AVC em 221 pacientes e demonstrou que a trombectomia aumenta muito a chance de o paciente ficar independente para as atividades diárias além de reduzir de 50% para 31% a chance de morte ou incapacidade grave.
O órgão também considerou dois estudos que avaliaram o tratamento até 24 horas, um deles, inclusive, liderado pelo brasileiro Raul Nogueira (neurologista chefe do Serviço de AVC da Universidade de Pittsburg), responsável pela pesquisa Dawn publicada em 2018, realizada nos EUA. O ensaio clínico contou com 206 pacientes com AVC entre 6 e 24 horas avaliados com tomografia com perfusão, que é capaz de verificar se ainda existe cérebro salvável mesmo com mais tempo do início dos sintomas do AVC. O estudo mostrou que, em pacientes selecionados entre 6-24 horas, após três meses do AVCi, 48,6% do grupo TM conseguiram seguir a vida de forma independente. No tratamento convencional o índice foi significativamente inferior, apenas 13,1% atingiram o mesmo patamar.
Todo os anos mais de 12 milhões de pessoas têm algum tipo de AVC no mundo, com 6,5 milhões de mortes — a segunda principal causa de óbitos, atrás apenas de problemas no coração. No Brasil, o AVC matou 50 mil no primeiro semestre deste ano e 114 mil em 2022, segundo os Cartórios de Registro Civil do Brasil.
Quando não mata, o AVC pode levar a incapacidades neurológicas leves e passageiras ou graves. Entre as principais, segundo o especialista, temos a perda de controle dos membros, como a paralisia de um lado do corpo, dificuldade de caminhar, dificuldade para falar, diminuição de memória, dificuldade de enxergar, dificuldade de engolir, entre outras.
ASCOM.


Imagem de u_sf2q0n59vt por Pixabay


Foto: Arquivo Pessoal 
Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Joá Souza/GOVBA
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Adriel Francisco
Na foto, Vinicios e Leandro
Foto: Fred Pontes
Imagem ilustrativa de jessicauchoas por Pixabay
Imagem de musiking por Pixabay
Foto: Arquivo Pessoal
CEF de Amargosa | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem ilustrativa de Wokandapix por Pixabay
Image by Chokniti Khongchum from Pixabay
Imagem de
Imagem ilustrativa de Andreas Breitling por Pixabay
Foto: Jonas Souza
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: João Valadares
Arquivo Tribuna do Recôncavo
Imagem de tookapic por Pixabay
Imagem ilustrativa de Hans Braxmeier do Pixabay
Imagem ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem ilustrativa de Couleur por Pixabay
Imagem ilustrativa de Pexels do Pixabay
Imagem Ilustrativa by PublicDomainPictures from Pixabay
Foto: Eduardo Andrade/Ascom SDE
Imagem de Surprising_Shots por Pixabay
Foto: Douglas Amaral
Foto: Reprodução/ Vídeo
Foto: André Fofano
Foto: Maria das Neves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Douglas Amaral
Foto: Divulgação/Júnior Rodrigues
Foto: Damilla dos Santos / Divulgação
Imagem de MasterTux do Pixabay
Foto: Luciano Almeida
Imagem Ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Reprodução/ Vídeo
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem Ilustrativa | Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil
Foto: Arquivo Pessoal
Imagem por Karolina Grabowska de Pixabay
Image by Free stock photos from www.rupixen.com from Pixabay
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Crédito: Iara Passos
Foto: Divulgação
Image by congerdesign from Pixabay
Foto: Divulgação
Imagem por Alexander Fox | PlaNet Fox da Pixabay
Foto: Divulgação
Foto: Paulo Cesar Amaral
Foto: Tribuna do Recôncavo
Foto: Tatiana Azeviche Ascom SeturBA
Foto: Manuela Cavadas-/Seagri
Foto: Luciano Almeida
Foto: André Frutuôso
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Image by Wokandapix from Pixabay
Imagem Ilustrativa de Angelo Esslinger do Pixabay
Foto: Joseane Rodrigues
Imagem de freepik
Image by 3D Animation Production Company from Pixabay
Foto: Darlan Nunes/ Seagri
Imagem de Luk Luk do Pixabay
Imagem de Esi Grünhagen por Pixabay
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Giulia Guimarães_Ascom SDE
Foto: Divulgação
Foto: Agnelo Câmara (Ascom/Sudene)
Image by Daniel Reche from Pixabay
Imagem de Free-Photos do Pixabay
Foto: Divulgação
Foto: Virginia Duarte
Imagem Ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Ane Novo/ Ascom SPM
Imagem de mohamed Hassan por Pixabay
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Jerônimo Gonzalez/MS
Foto: Divulgação
Imagem Ilustrativa | Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Arte: Divulgação
Imagem de Antonio Corigliano do Pixabay
Arte: Divulgação
Image by Niek Verlaan from Pixabay
Imagem de Daniel Reche por Pixabay
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
Foto: Luciano Almeida
Imagem de Arek Socha do Pixabay
Foto: Claudio Lima
Imagem por congerdesign de Pixabay
Foto: Mariana Alves/Iphan
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil