A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada no dia 27 de junho, se mostrou mais positiva do que negativa. Apesar da manutenção da taxa Selic em 13,75%, a maioria dos integrantes do Copom avaliou que o processo de queda da inflação pode possibilitar uma queda dos juros a partir da próxima reunião do colegiado, que será no começo de agosto. Tudo isso gerou uma expectativa positiva para o mercado financeiro no segundo semestre.
O mercado financeiro global tem demonstrado grande interesse nos movimentos dos bancos centrais como um todo, e com o Brasil não é diferente. Segundo Rafael Góis, CEO do Grupo Fictor – holding de participação e investimentos especializada em gestão empresarial – o ambiente econômico mostra sinais de recuperação e estabilidade, criando um clima propício para que o BC considere uma diminuição gradual da taxa básica de juros.
“O mercado financeiro tem respondido aos anúncios recentes do Banco Central sobre a manutenção da taxa Selic. É possível que haja uma redução no segundo semestre, mas isso dependerá, em grande parte, da reação do setor produtivo nos próximos meses, explica Góis.
As projeções do mercado financeiro para o segundo semestre são positivas, com um possível aumento de investimentos e a volta do consumo, o que deve estimular os setores de produção e, consequentemente, impulsionar o crescimento econômico.
“As perspectivas estão se tornando positivas. Com base em nossa análise e nas tendências atuais, acreditamos que deve haver uma melhora significativa no humor do mercado em relação ao primeiro semestre, porque há indícios de um aumento nos investimentos, o que traz uma perspectiva promissora para o segundo semestre. Além disso, prevemos uma retomada gradual do consumo, mesmo que de forma moderada. No entanto, essa recuperação será suficiente para estimular os setores produtivos e impulsionar o crescimento econômico”, afirma o CEO do Grupo Fictor.
Para Góis, a estabilidade dólar também contribuirá para o fortalecimento do mercado financeiro brasileiro, já que ela traz previsibilidade e segurança para investimentos e transações comerciais. Porém, esse não deve ser o único fator a se considerar.
“A estabilidade do dólar deve, com certeza, contribuir com o fortalecimento do mercado financeiro, porque, além de estimular os investimentos internos, também estimula o estrangeiro, já que reduz os riscos associados às variações cambiais. No entanto, não podemos analisar isoladamente. Temos que considerar outros fatores como evolução econômica, saúde fiscal, confiança dos investidores e políticas consistentes. A moeda estável é um componente relevante, mas não o único”, finaliza Góis.
Fonte: Grupo Fictor