Ministro da Economia, Paulo Guedes participou nesta terça-feira (4) de uma audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados e foi sabatinado pelos parlamentares. Entre os diversos assuntos discutidos, ele garantiu que o governo não promoverá concursos públicos nos próximos anos.
Segundo ele, a administração anterior concedeu reajustes salariais “ferozmente” e contratou servidores públicos de forma excessiva. Ele não disse por quanto tempo os processos seletivos ficarão suspensos.
Guedes ainda afirmou que não gostaria de promover uma reforma na Previdência. No entanto, por conta dos gastos públicos com pessoal, ele considera a medida necessária. “O que tá acontecendo hoje é o seguinte: já atingiu na maioria dos estados e municípios o gasto com pessoal, que já chegou a 70%; 40% em alguns estados com inativos e 30% com ativos. Ou seja, 70% do gasto público já são só com pessoal. Em muito pouco tempo, vai faltar dinheiro mesmo para a saúde, educação, saneamento… para tudo. A máquina não está processando bem esses recursos, ela está destruindo e consumindo esses recursos e não vai conseguir pagar sequer o funcionalismo e nem as aposentadorias”, disse. “Essa não é uma reforma que a gente goste de fazer. Não estamos fazendo isso porque é bom, porque é bonito. Não é. É porque não há alternativa”, ponderou.
O ministro ainda reclamou sobre o salário dos funcionários do Legislativo no país. “Privilégio é um funcionário do Legislativo ter um salário 20 vezes maior do que o trabalhador brasileiro. Isso é que eu entendo por privilégio; R$ 28 mil é o salário do Legislativo. R$ 1.300 é o salário de um aposentado do INSS. Isso é que eu entendo como privilégio”, atacou.
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