Uma mãe de santo na cidade de Vitória da Conquista (BA), denunciou um pastor e uma evangélica por intolerância religiosa. A Ialorixá Rosilene Teixeira falou que foi comprar pão na tarde de domingo, dia 30, quando encontrou a mulher com uma bíblia na mão.
As duas voltaram para casa conversando sobre animais, quando a integrante da igreja evangélica descobriu que ela morava em um terreiro de candomblé. Rosilene Teixeira informou que a mulher teria dito que iria orar por ela:
“Falei que não precisava dessa oração porque eu tenho a minha crença. Ela disse que eu morava no terreiro e que eu precisava muito das orações e de Jesus. Ela saiu gritando me chamando de macumbeira, feiticeira e sapatão”, contou a Ialorixá.
Rosilene Teixeira disse que ficou revoltada e procurou o pastor da igreja que a mulher frequenta para que ele aconselhasse seus fiéis a não cometer atos intolerantes. De acordo com a Mãe de Santo, ele também foi intolerante com ela. A Ialorixá registrou um boletim de ocorrência, na manhã de segunda-feira (1°), no Distrito Integrado De Segurança Pública (Disep).
O pastor Wellington da Silva negou as acusações e informou que conhece a Ialorixá há muito tempo e mantinha uma boa relação com ela. Ele também contou que Rosilene Teixeira estava embriagada no momento e que chegou revoltada na igreja. Segundo Wellington Silva, a Ialorixá disse para a integrante da igreja que mandaria os “orixás abençoar” ela. Por isso, a mulher teria dito que iria “orar por ela”.
Editado por Tribuna do Recôncavo | Fonte: G1
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