Com o anúncio feito pelo Ministério da Gestão e Inovação para a realização de novos concursos públicos na sexta-feira, dia 16, o país atingiu a maior quantidade de novas vagas criadas dos últimos dez anos.
Ao todo, o governo já anunciou 5.880 novas vagas permanentes para serviço público federal neste ano. Desse total, 4.436 foram anunciados na sexta. A expectativa é que o impacto orçamentário anual seja de R$ 735 milhões. Em 2013, no governo Dilma Rousseff (PT), foram criadas, durante todo o ano, 7.746 novos cargos.
“No governo anterior comemoraram essa queda do quadro de pessoal como se fosse um ganho de gestão, quanto na verdade é muitas vezes uma precarização do serviço”, afirmou a ministra Esther Dweck.
Durante os quatro anos de gestão de Jair Bolsonaro, o Brasil abriu 6.196 novas vagas permanentes em concursos públicos.
Logo que assumiu a vaga de ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou que o objetivo do governo do ex-presidente era “travar” os concursos públicos
“Grande notícia: 50% do funcionalismo público se aposenta nos próximos cinco anos. A primeira coisa, concursos públicos. Trava esse negócio aí. Quero saber por que precisa, tem que ver os atributos”, declarou o ministro à época.
As vagas permanentes autorizadas nos últimos 10 anos: 2023: 5.880; 2022: 1.699; 2021: 1.188; 2020: 3.000; 2019: 309; 2018: 1.011; 2017: 1.015; 2016: 595; 2015: 1.994; 2014: 3.378; 2013: 7.746.
Por outro lado, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro foi o que mais contratou servidores temporários nos últimos anos. Foram 683.668 contratações. O governo Lula contratou 8.141.
Um dos motivos é o planejamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para realizar o censo demográfico. A previsão inicial era que o levantamento fosse realizado entre o final de 2019 e o começo de 2020, mas com a chegada da pandemia, o censo foi suspenso.
Com isso, o antigo ministério da Economia teve que reprogramar o Censo para 2021. O IBGE contratou 207 mil pessoas para realizarem as pesquisas domiciliares no começo do ano, mas por falta de orçamento, o censo foi suspenso no primeiro semestre.
No segundo semestre do mesmo ano, o governo federal autorizou verba extra de R$ 2 bilhões para a realização do Censo e outras 207 mil pessoas foram recontratadas.
As vagas temporárias criadas nos últimos dez anos: 2023: 8.141; 2022: 0; 2021: 421.488; 2020: 27.120; 2019: 235.060; 2018 e 2017: 0; 2016: 276; 2015, 2014, 2013: 0.
Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Fonte: G1.