A baiana Ana Marcela Cunha, natural de Salvador, escreveu o capítulo mais espetacular de sua história, como maior nome da maratona aquática do Brasil, ao conquistar nesta terça-feira (3) a medalha de ouro na prova dos 10 km nos Jogos de Tóquio. Em sua terceira participação olímpica, depois de um 5º lugar em Pequim, em 2008, e um 10º no Rio de Janeiro, em 2016, a atleta do Time Ajinomoto alcançou o seu maior sonho no Japão.
“Finalmente. Eu fui muito nova em 2008 e agora é meu quarto ciclo olímpico, vindo de uma não classificação, uma frustração no Rio e um amadurecimento muito grande para chegar até aqui. Só posso dizer para que todos acreditem nos seus sonhos. Estou muito, muito feliz”, afirmou Ana Marcela, que admitiu sonhar com esta medalha olímpica há tempos, mas que o gostinho especial seria com a de ouro.
Com 27 graus de temperatura ambiente e 30 graus na água, a prova começou com o pelotão muito embolado, onde as nadadoras buscavam se posicionar. Melhor para Ana Marcela, que no final da primeiro volta passou em primeiro lugar. Após trocar a liderança algumas vezes, a americana Ashley Twichell passou à frente a partir da terceira volta no circuito localizado na baía de Odaiba.
No início da quinta volta, o ritmo da prova começou a mudar. A alemã Leonie Beck, que estava um pouco mais atrás, resolveu arriscar, conseguiu ultrapassar a americana Twichell e assumiu a ponta, enquanto Ana Marcela buscava se reaproximar da frente do pelotão, mas se mantendo em quarto lugar.
Na abertura da última volta, a alemã mantinha uma vantagem de 2.6s para a brasileira, com a holandesa Rouwendaal, campeã no Rio, em 2016, em terceiro. Mas a atleta do Time Ajinomoto, que guardou forças ao longo de toda a prova, passou a atacar a alemã e assumiu a liderança, com menos de 2km para o final da prova.
Nos 500 metros finais, a brasileira passou a sofrer um forte ataque da holandesa, mas não deixou a vitória escapar. Ela cruzou a linha de chegada com o tempo de 1h59min30s, à frente da holandesa Sharon van Rouwendaal (prata) e Kareena Lee, da Austrália (bronze).
“Eu tinha falado para o Fernando [Possenti, seu treinador] que para ganhar de mim teria que nadar muito, pois eu sabia que estava muito bem preparada. Fiz a minha prova do jeito que eu queria e fui muito feliz”, completou Ana Marcela Cunha.
Projeto Vitória
O Time Ajinomoto faz parte do Projeto Vitória, iniciativa criada pela empresa em 2003, no Japão, e que chegou ao Brasil em 2019 com o objetivo de contribuir para o fortalecimento do esporte nacional. Atualmente, 32 atletas olímpicos e paralímpicos compõem o grupo e recebem suporte relativo à nutrição e aos benefícios da ingestão de aminoácidos por esportistas de alto rendimento.
Sobre a Ajinomoto do Brasil
Presente no Brasil desde 1956, a Ajinomoto é uma multinacional japonesa e referência mundial em aminoácidos. Para saber mais, acesse www.ajinomoto.com.br.
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