Pressionado para declarar o seu voto na segunda tentativa de uma eleição para a mesa diretora do Senado, o ex-governador Jaques Wagner (PT) bradou para os colegas de Casa que não iria revelar em quem votou neste sábado (2). Além do petista, os senadores Angelo Coronel (PSD) e Otto Alencar (PSD) também não abriram seus votos.
Um dos primeiros a votar na nova rodada, o senador baiano se sentiu incomodado diante da pressão dos colegas Major Olímpio (PSL) e Jorge Kajuru (PSB) para que todos mostrassem as cédulas. “Quem não revelar o voto vai ficar desmoralizado com a população brasileira”, bradou o jornalista Kajuru que levantou a ira de Wagner.
“Não vou mostrar meu voto. Fui duas vezes governador da Bahia, tive quatro milhões e 300 mil votos para a chegar nessa Casa e não aceito ameaça de ninguém”, disse Wagner. “Isso tá virando boca de urna e pressão nos eleitores para que as pessoas votem. É um absurdo que essa Casa se comporte dessa forma. Quem quiser que mostre o seu, mas não me ameace. A Bahia me conhece”, completou o senador baiano.
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na madrugada deste sábado (2) que a eleição fosse feita por meio de votação secreta, a pedido do Solidariedade e do MDB. No plenário, o Senado aprovou votação aberta na sexta-feira (2), o que segundo os bastidores prejudicaria a eleição de Calheiros.
A decisão de votação aberta foi aprovada em sessão comandada por Davi Alcolumbre (DEM), também candidato, o que causou questionamentos de apoiadores de Renan. O ex-presidente emedebista retirou a candidatura após a confusão.
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