Os casos de Covid-19 na cidade de Itaparica (BA), cresceram quase 50% após o período de São João. Segundo Ive Queiroz, coordenadora de Vigilância em Saúde da cidade, apesar de não haver festa na cidade, as pessoas se reuníram em casa.
Até o dia 30 de junho, a cidade tinha 80 casos. De lá para cá houve um intenso crescimento, e o reflexo disso foi registrado no último boletim epidemiólogo de Itaparica, divulgado na quinta-feira (9), quando foram contabilizados o acumulado de 118 de casos.
A coordenadora pontua que, apesar de não crescer de uma única vez, todos os casos têm relação com o São João, por causa do período de incubação do vírus. Os bairros com maiores concentrações das festas, dentro das casas, foram: Alto das Pombas, Marcelino e Misericórdia.
Na semana passada, o governo da Bahia decretou toque de recolher em Itaparica e em mais 10 cidades como forma de evitar o crescimento dos casos da Covid-19. Segundo o decreto, fica restrita a locomoção noturna, a permanência e o trânsito em vias, equipamentos, locais e praças públicas, das 18h às 5h, entre o próximo domingo e 12 de julho.
Na cidade, que tem pouco mais de 22 mil habitantes, a entrada de turistas foi restringida. Além disso, as praias de Itaparica foram bloqueadas, para que as pessoas não acessem esses locais. O comércio da cidade só pode funcionar até as 17h. Depois desse horário, só as atividades essenciais. Para Ive, as pessoas estão mais conscientes.
“A gente percebe já uma diminuição na circulação das pessoas na rua da cidade. O uso de máscara, que é muito importante. As pessoas estão aderindo bastante a toque de recolher. Principalmente esta semana, que a gente percebeu que as pessoas estão se conscientizando”, afirmou.
Desde março, que o governo do estado havia reduzido os horários das viagens do sistema ferry-boat, transporte marítimo entre Salvador, para diminuir o fluxo de pessoas na Ilha. As lanchas para Vera Cruz, vizinha a Itaparica, também tiveram redução de horário.
Desde abril que o embarque de passageiros e veículos ficou limitado a 50% da capacidade das embarcações. Aos fins de semana e feriados, as operações das travessias para as ilhas ficam completamente suspensas. Está proibido o transporte hidroviário para fins de turismo nos terminais náuticos do estado da Bahia.
Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Reportagem: TV Bahia | Redação: G1-BA