O jogador de voleibol Cledenílson Souza Batista, de 25 anos de idade e 2,10m de altura, é o principal bloqueador do supercampeão Sada Cruzeiro (MG) na Superliga masculina de vôlei 23/24. É o central quem aparece nas estatísticas da competição na melhor colocação entre todos os seus companheiros de equipe com 21 pontos de bloqueio. Natural de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano, Cledenílson também é o segundo melhor atacante em termos de aproveitamento, com 60%, atrás apenas do cubano López, com 62% – Guilherme Rech aparece em primeiro, mas com poucas atuações. Das 113 bolas que Cledenílson recebeu, colocou 68 na quadra adversária.
“Não olho muito os números. Isso é com o que menos tenho que me preocupar. Jogo com o coração e vai fluindo naturalmente. Fico feliz em saber que sou o melhor bloqueador do time. A evolução sempre é o meu objetivo e a equipe contribui bastante para que eu possa bloquear, principalmente”, disse Cledenílson. “Já vinha sabendo da minha importância no aproveitamento de ataque, e isso passa uma confiança para o levantador e para os meus companheiros porque eles sabem que estarei sempre me dedicando e dando os meus 100%”.
Na última sexta-feira, dia 16, o Sada Cruzeiro conquistou o 10º título sul-americano de clubes e Cledenílson fez parte das cinco últimas conquistas. No último jogo da equipe na Superliga, na vitória por 3 sets a 0 sobre o Itambé Minas (MG), o central foi eleito o melhor do clássico e levou para casa o seu segundo VivaVôlei da temporada – o primeiro foi na partida de encerramento do turno, contra o Araguari (MG).
“Fiquei bastante feliz. Gosto de decidir jogos grandes e meus companheiros me ajudaram a ganhar esse VivaVôlei”, disse Cledenílson.
Ex-zagueiro e centroavante
Antes dos jogos, Cledenílson, como a maioria dos jogadores, gosta de ouvir música, e uma de suas preferidas é “A Vida É Desafio”, do Racionais MC´s, que começa dizendo: “Sempre fui sonhador é isso que me mantém vivo. Quando pivete, meu sonho era ser jogador de futebol, vai vendo…”
Por coincidência, Cledenílson começou nos campos. Ele queria ser jogador de futebol e foi zagueiro e centroavante no clube do Batalhão da Polícia Militar de Santo Antônio de Jesus (BA), onde nasceu. Com 16 anos, ele já tinha cerca de 1,95m, e foi quando o vôlei entrou em sua vida. Veio o convite para um projeto de sua cidade. Mas tinha um sacrifício: caminhar três quilômetros para chegar ao local dos treinos. Ou ter a sorte de conseguir uma carona. Começou a gostar do esporte, mesmo sem o local ter uma grande estrutura. Basicamente os garotos batiam bola e aprendiam os fundamentos.
E foi graças ao vôlei, que o central se orgulha em ter presenteado sua mãe, Valdelice, com uma casa, na qual, ela mora junto com o filho mais velho, Robert, em Santo Antônio de Jesus.
Edição: Tribuna do Recôncavo | Informações: ASCOM.