Aconteceu na Praça Padre Mateus, Santo Antônio de Jesus, nesta última quinta-feira (16), o 1º Ato Público da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Recôncavo e Vale do Jiquiriçá em Defesa da Luta Antimanicomial. O evento foi promovido pela Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Jesus, através da Secretaria Municipal de Saúde.
Na oportunidade, a Coordenadora Regional da RAPS, a psicóloga Dra. Sílvia Brito falou sobre a luta contra os manicômios, ou seja, contra os hospícios. “Este evento é justamente para marcar a importância da gente trabalhar a saúde mental em liberdade, porque antigamente as pessoas que tinham alguma doença mental tinham que ficar internadas e perdiam todo o contato com seus familiares e com a sua rede de afeto de sua cidade. Então, há alguns anos a política pública de saúde mental veio construindo serviços que substituem essas internações em hospitais psiquiátricos, chamados manicômios, por isso a luta Antimanicomial”, explicou.
Sobre a reforma psiquiatra da década de 70, Dra. Sílvia disse que o mundo todo foi mudando através da reforma psiquiátrica. “A gente veio combatendo a ideia de que lugar de louco é no hospício. Esse movimento teve início desde os anos 70 no mundo todo, e no Brasil isso foi se desenhando nos anos 2000 quando a gente conseguiu aprovar a politica pública de saúde mental [que deu origem aos CAPS]”, concluiu.
Redação: Uanderson Alves | Revisão: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Reportagem: Felipe Pereira/ Clube FM
DETALHE: Em fevereiro de 2019 o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica propondo novas diretrizes de políticas nacionais de saúde mental e de drogas. O texto de 32 páginas ataca diretamente demandas da luta antimanicomial, que existe no Brasil há mais de 30 anos, pois, abre diversos precedentes para o retorno de terapias usadas no passado como a convulsoterapia [o uso de choques em casos extremos, onde o paciente não atende a comandos de maneira consciente).
Fonte: ponte.org
Deixe seu comentário