As matrizes tradicionais do forró foram reconhecidas no dia 09 de dezembro de 2021 como patrimônio imaterial da cultura brasileira pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A autarquia passou a considerar o forró também como supergênero musical, devido a fusão de ritmos, como o baião, o xote, o xaxado, entre outros.
Agora, a Bahia poderá sair na frente como o primeiro estado a obter o Registro de Patrimonizalização das Matrizes Tradicionais do Forró. A iniciativa, que surge perto do período de festejos juninos, é da Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (CPHAAN), do Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC-BA), da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), tendo como proponente o Fórum Forró de Raiz da Bahia.
A Sessão Extraordinária da Câmara de Patrimônio para a Notificação e Abertura do processo de Registro Estadual de Patrimonizalização das Matrizes Tradicionais do Forró está prevista para acontecer no dia 17 de junho, às 14h, no Cine Teatro do município de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, com a participação de autoridades, dos forrozeiros e forrozeiras, e de vários representantes do CEC e da Cultura Popular Nordestina.
O conselheiro e presidente da CPHAAN, do Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC-BA), Táta Ricardo Tavares, informou que a Câmara de Patrimônio teve a iniciativa de abrir o processo de patrimonialização junto ao IPAC, mas não podia fazer isso sem conversar com quem, de fato, representa o segmento, tendo já realizado um encontro com representantes do Fórum Forró de Raiz da Bahia.
“É relevante para a Bahia salvaguardar uma manifestação que é a identidade do Nordeste, é a identidade do nosso povo, para que, de fato, possamos garantir com que essa cultura chegue aos que estão por vir. É fundamental que as novas gerações conheçam a nossa história, porque identidade é memória, e memória é história, e história é o que faz a gente chegar a todos os lugares”.
A Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (CPHAAN) – É regida pela lei 8.895/03 é um dos principais instrumentos de trabalho do Conselho Estadual de Cultura (CEC), tendo como principal missão analisar e emitir parecer sobre pedidos de registros (patrimônios intangíveis) e tombamentos (bens materiais) encaminhados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). As sessões da câmara acontecem sempre um dia antes das sessões plenárias do Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC-BA), presidido por Silvio Portugal.
Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC) – Composto por 60 conselheiros (30 titulares e 30 suplentes), o Conselho Estadual de Cultura do Estado da Bahia (CEC-BA) é um órgão colegiado da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), de caráter normativo e consultivo, ligado diretamente ao Gabinete da Secretaria, que tem por finalidade contribuir para a formulação da política estadual de cultura. Os Conselheiros de Cultura da Bahia são representantes da sociedade civil reconhecidos por suas expressivas contribuições à cultura baiana. A composição do Conselho Estadual de Cultura (CEC) respeita a Lei Orgânica de Cultura, sendo composta por 2/3 de seus membros oriundos da sociedade civil e 1/3 do poder público. Os conselheiros não possuem vínculo empregatício com o Governo do Estado.
SERVIÇO:
O quê: Pedido de Notificação e Abertura do processo de Registro Estadual de Patrimonizalização das Matrizes Tradicionais do Forró.
Quando: 17 de junho, às 14h
Onde: Cine Teatro do município de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia
ASCOM