O Bahia tem uma investigação interna em andamento para apurar se de fato o meia Indio Ramírez foi racista com Gerson, do Flamengo, no duelo entre as equipes no último domingo (20), pelo Campeonato Brasileiro. O presidente do clube, Guilherme Bellintani falou do trabalho de apuração e comentou a possibilidade do colombiano seguir defendendo o clube baiano ou atuando no futebol brasileiro.
“Lógico que vejo condições, porque ainda estamos investigando. Se eu não visse condições, estaríamos fazendo uma inquisição preliminar e autoritária. É lógico que vejo condições dele seguir tanto no Bahia quanto em outro clube, mas primeiro temos que concluir as investigações, entender os fatos, dar voz e valor ao depoimento da vítima”, afirmou em entrevista ao programa “Globo Esporte”, da Rede Bahia.
“Não tenho dúvidas nenhuma que Gerson ouviu aquilo que ele diz que ouviu. A dúvida é se Ramírez falou aquilo e é isso que estamos investigando. Eu tenho certeza que Gerson não mentiria, ele não ganha nada com isso. A voz da vítima é muito preponderante, mesmo que não tenha câmera. O que estamos investigando é se Ramirez falou aquilo. Ele pode ter falado uma coisa e Gerson compreendeu outra, ainda mais por se tratar de uma pessoa que está no Brasil há pouco mais de um mês. Investigação dura, firme, acusação grave, mas que as medidas deve ir às últimas circunstâncias”, completou.
O caso aconteceu aos sete minutos do segundo tempo do jogo no Maracanã, durante uma discussão entre os jogadores. Gerson acusa Ramírez de ter dito: “Cala a boca, negro”. O Bahia acabou sendo derrotado pelo Flamengo por 4 a 3, de virada, em partida válida pela 26ª rodada. O Tricolor ocupa a 16ª colocação com 28 pontos, mesma pontuação do Vasco, que abre a zona de rebaixamento.
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