A vestimenta litúrgica é utilizada somente pelo Papa, por cardeais, bispos metropolitanos e primazes
O Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, receberá o Pálio Arquiepiscopal no dia 6 de novembro, em Missa celebrada na Catedral Basílica do Santíssimo Salvador, localizada no centro histórico da capital baiana, às 9h. A imposição do pálio será realizada pelo Núncio Apostólico, representante do Papa Francisco no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, e a celebração eucarística será transmitida, em tempo real, pelo canal youtube.com/arquidiocesedesalvador e pela Rede Excelsior de Comunicação (AM 840 e FM 106,1).
Derivado do latim (pallium), o pálio é uma vestimenta litúrgica que consiste em uma faixa de lã branca recebida por cada arcebispo metropolitano, dotada de rico simbolismo. Possui cerca de cinco centímetros de largura, dois apêndices, um na frente e outro nas costas, e seis cruzes bordadas com lã preta, recordando as chagas de Cristo. O pálio simboliza a unidade com o Papa, sucessor de Pedro. Colocado sobre os ombros do arcebispo, representa também a ovelha carregada pelo pastor, sinal da missão pastoral em comunhão com a Santa Sé.
Além do Papa, somente os arcebispos metropolitanos recebem o pálio, podendo usá-lo somente na própria arquidiocese e nas dioceses que compõem a sua província eclesiástica. A Província Eclesiástica de São Salvador da Bahia, além da própria Arquidiocese, é composta pelas dioceses de Alagoinhas, Amargosa, Camaçari, Cruz das Almas, Eunápolis, Ilhéus, Itabuna e Teixeira de Freitas-Caravelas. Um ano antes da confecção do pálio, dois cordeiros são criados pelos monges trapistas da Abadia de Tre Fontane, em Roma, para no dia 21 de janeiro, data em que a Igreja celebra a festa de Santa Inês, serem abençoados pelo abade geral, conforme acontece desde 1644.
Em seguida, os cordeiros são conduzidos até o Papa, no Palácio Apostólico e, posteriormente, às freiras de clausura no Convento Santa Cecília, em Trastevere, Roma. São elas que tecem e costuram a vestimenta. Após serem confeccionados, os pálios são armazenados na Basílica São Pedro, em Roma, aos pés do altar central, próximo ao túmulo de Pedro. Ao ser transferido para outra arquidiocese, o arcebispo solicita ao Papa a recepção de um novo pálio. A benção do pálio dos novos arcebispos acontece no dia 29 de junho de cada ano, na solenidade de São Pedro e de São Paulo, na Basílica de São Pedro, em Roma.
O Papa Francisco, desde 2015, tem enviado o pálio ao Núncio Apostólico para ser entregue a cada arcebispo metropolitano, na respectiva Arquidiocese, tão logo possível. Contudo, em virtude da pandemia, a Nunciatura Apostólica no Brasil adiou a entrega do pálio a todos os novos arcebispos. O pálio que será recebido pelo arcebispo primaz, Cardeal Dom Sergio, foi abençoado pelo Papa Francisco em 29 de junho de 2020, juntamente com os pálios dos arcebispos de Manaus (AM), Vitória da Conquista (BA) e Santarém (PA).
SERVIÇO:
QUEM: Cardeal Dom Sergio da Rocha
O QUÊ: Imposição do Pálio Arquiepiscopal
ONDE: Catedral Basílica do Santíssimo Salvador (Praça Quinze de Novembro, s/n, Terreiro de Jesus, Centro Histórico de Salvador)
QUANDO: 6 de novembro de 2021, às 9h
Matéria: Sara Gomes