No cenário de isolamento social, a tecnologia se tornou essencial para que alunos não tenham seus estudos interrompidos de forma radical, porém os próximos passos em direção ao novo normal exigem muito planejamento por parte de instituições educacionais, para que estejam melhor preparadas para esse momento.
Nos últimos dias, nos deparamos com a abertura gradativa de estabelecimentos que tiveram suas atividades interrompidas, de acordo com os planos de cada região, e, nesse cenário, se fala, também, em um retorno próximo de escolas e faculdades, públicas e privadas, mesmo que com uma redução de 20% a 50% de alunos das turmas presenciais.
Um estudo divulgado no dia 19 de junho, realizado pelo Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB), mostra que 61% das escolas municipais pesquisadas não realizaram a formação dos professores para as aulas online. Somado a este dado, outras pesquisas mostram que aulas à distância, sem preparação prévia, trarão múltiplos impactos a alunos e educadores.
As circunstâncias reforçam a necessidade de soluções assertivas, que ofereçam qualidade no ensino e segurança. Para o retorno à sala de aula, mesmo que de forma gradativa, as instituições podem se preparar com tecnologias de apoio à educação, presencial e telepresencial, de forma que, mesmo os alunos que permaneçam em suas casas possam interagir com todos os que estão presentes na sala de aula.
Até o momento, o sistema de videoconferência foi a tecnologia que deu vida às instituições de ensino, permitindo que aos alunos tenham o mundo inteiro como recurso de aprendizado, num simples teclar de computador ou smartphone. Com a retomada das atividades, essa solução ainda será de extrema importância, pois possibilita a interação entre diversas pessoas, presentes em uma sala virtual, incentivando o aprendizado individual.
A videoconferência pode ser utilizada como ferramenta administrativa, para reuniões de pais e alunos, treinamentos para funcionários, entre outras funções, de acordo com a necessidade de cada instituição, que determina a plataforma mais adequada, que promova alta disponibilidade, facilidade de uso, segurança da informação e recursos de interação como webinar e chat, por exemplo.
Além da necessidade de sistemas de áudios e iluminação adequados para transmissões, câmeras de alta definição e monitores auxiliares em sala, as instituições enfrentam, ainda, outras necessidades para a preparação de salas de aula do futuro, principalmente, no que diz respeito a aspectos sanitários, promovendo opções de atividades sem contatos físicos. Soluções com interface de toque não serão mais utilizadas, sendo necessária a implantação de automação por comando de voz. Microfones não poderão mais rodar entre alunos e devem ser substituído pelos de teto.
Para a operação das câmeras, surge a necessidade de sistemas de automação que permitam sua movimentação de maneira automática. Para aproximar e facilitar a transmissão dos conhecimentos e atividades interativas aos alunos e professores que ficarem em casa, no ‘novo normal’, há a necessidade da utilização de fones de ouvido e microfones de qualidade profissional.
Ainda falando sobre controle, há a possibilidade de implantar sensores em cadeiras e mesas para garantir o distanciamento entre as pessoas ou, ainda, fazer uso de uma solução capaz de realizar a contagem de alunos nos principais acessos de instituições ou dentro das salas de aula.
Com a chegada do novo normal, a tecnologia será, cada vez mais, demandada por instituições educacionais, que sentirão a necessidade de ir além. Para as salas de aula do futuro, as soluções de realidade virtual também serão efetivas no ambiente educacional, pois permitirão aos alunos o acesso a pesquisas de campo como visitar países, pontos turísticos, museus, entre outros locais. Além de proporcionar experiências inimagináveis, até então, dentro de uma sala de aula como, por exemplo, viajar pelo sistema solar, caminhar com os dinossauros, mergulhar com baleias, passear pela Roma Antiga ou acompanhar o pouso na Lua na perspectiva de um astronauta.
Com essa tecnologia, também, é possível a simulação em situações de risco, como cirurgias médicas e estudo de construção em canteiros de obras, entre diversas situações. Estamos em um momento de revolução tecnológica na educação, pois além de oferecer soluções que auxiliem em questões sanitárias, a tecnologia se apresenta como necessidade para a efetividade do aprendizado e convívio em sala de aula.
Por Rafael Gomes, Sales Engineer Latam – Seal Telecom
Matéria: Vitória Návia