A Polícia Federal afirmou nesta quinta-feira (4) que o incêndio responsável por destruir o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em setembro de 2018, se deu a partir de um dos aparelhos de ar-condicionado que estava localizado no auditório térreo do prédio de três andares. Porém, a Polícia não chegou a esclarecer se houve ação culposa (negligência) ou dolosa (criminosa, com intenção de provocar danos).
O superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, antes de apresentar o laudo à imprensa informou que não iria responder a pergunta sobre ter ocorrido ação criminosa no incêndio. Segundo ele, a investigação ainda está acontecendo e ainda não há uma data prevista para a divulgação da conclusão do inquérito.
As informações sobre o trabalho pericial foram apresentadas pelo delegado responsável pela investigação, Paulo Telles, e três peritos – um especialista em incêndios, eletricidade e outro em audiovisual. Foi descartado pela perícia que o fogo tenha sido provocado por uma descarga atmosférica (raios), incendiaríssimo, que seria um ato voluntário que provoca um incêndio ou balão inflamável.
Segundo o perito Marco Antônio Isaac, especialista em eletricidade, o rompimento do cabo, que causou o incêndio, é “típico de um evento de uma sobre corrente, uma corrente maior que o aparelho pode suportar sem queda do disjuntor”, ou seja, isso gerou um curto-circuito no aparelho.
O perito especialista em incêndio, Carlos Alberto Trindade, destacou que foi identificada uma falha na instalação do sistema de ar-condicionado do auditório. Um dos três equipamentos não possuía aterramento externo e não havia disjuntor individualizado para cada um dos três aparelhos.
Fonte: G1 | Redação: Bahia Noticias