Eleições 2022
Os Eleitores e os seus Tipos de Votos
Parte 4
Serie: Quero ser candidato e agora?
A Construção de um Projeto Político Eleitoral.
Por Luciano Ferreira Lima – Advogado
Apresentação:
Esse é o quarto texto da apresentação semanal de um conjunto de artigos sobre A Construção de um Projeto Político Eleitoral.
Utilizando uma linguagem simples e de fácil compreensão, apresento aqui, semanalmente, os variados aspectos sobre um Projeto Político e Eleitoral que, bem aplicadas, dentro de um projeto estruturado e organizado, proporcionará aos interessados a compreensão da importância da construção de um projeto político de pequeno, médio e longo prazo. Passando longe das aventuras eleitorais.
No artigo de hoje o tema abordado será: Os Eleitores e os Tipos de Votos onde, conversaremos sobre as origens dos votos e a lógica da escolha do eleitor pelo seu candidato ou partido político.
Esperamos que você, que iniciou essa leitura e se interessa pelo tema, acompanhe aqui, as publicações semanais dos artigos e, se possível, visite minhas redes sociais e compartilhe com os amigos. Vamos nessa?
BOA LEITURA!
Os Eleitores e os Tipos de Votos
Como já dito nos artigos anteriores, todo projeto politico eleitoral deve estabelecer um criterioso Plano de Pesquisa. Com ele o candidato pode ver representada a conjuntura política e eleitoral. A analise dessa conjuntura representa uma maneira de melhor conhecer o eleitor e o ambiente no qual ocorre a eleição.
Ela é fundamental para garantir uma maior eficiência estratégica da campanha, pois informa ao candidato o cenário e o público do qual estará em intensa relação durante os meses de campanha.
Saber se os cidadãos querem que as eleições se constituam em mudança ou continuidade dos rumos políticos tomados em seus respectivos ambientes sociais é de crucial importância estratégica. Assim, num cenário em que os cidadãos almejam mudanças, candidatos a reeleição terão mais dificuldade eleitoral. Noutro lado, caso o desejo seja de continuidade, novas candidaturas encontrarão um cenário eleitoralmente menos vantajoso.
Conhecer o grau de interesse e de participação da sociedade local, também é fator importante para um bom desenho estratégico. Pois cidadãos mais motivados, tendem a mais participar mais das eleições.
Uma campanha eleitoral realizada em um cenário de desinteresse eleitoral, pela população, exige muito mais esforço e investimentos, principalmente em publicidade.
Essa analise conjuntural deve investigar, também, o nível de otimismo dos eleitores – a curto, médio e longo prazo – em relação a manutenção, à melhoria ou a piora da situação do ambiente onde vivem.
Um eleitorado otimista é mais fácil de se mobilizar e entusiasmar, ao passo que um eleitorado mais pessimista necessita de mais razões para votar em determinado candidato; para não se abster, não anular o seu voto, ou votar em branco.
O momento da escolha do voto é outro fator a ser considerado na conjuntura eleitoral. A estratégia de comunicação para um eleitorado que decide seu voto semanas antes da eleição não pode ser igual para um eleitorado que escolhe o seu representante com bastante antecedência.
Uma estratégia de campanha deve considerar o ritmo do comportamento do eleitorado, organizando as informações a serem publicadas; em qual momento e em quais veículos devem faze-las, de modo a fazer surtir o máximo efeito no convencimento do eleitor não momento de definir o seu voto.
A escolha do eleitor leva sempre em consideração elementos intrínsecos (valores, crenças, ideologias etc.) e extrínsecos (História, perfil, narrativa, reputação, posições políticas e sociais, realizações do candidato, etc.). Assim, uma campanha elaborada para o eleitor em geral, desconsiderando as peculiaridades de cada grupo (geográfico ou social) dificilmente conseguira atingir o êxito desejado.
Será sempre útil e necessário o fracionamento dos eleitores por nichos, targets ou grupos objetivos. Considerando, entre outras coisas, os tipos de votos. Sob os quais conversaremos agora.
Voto Duro ou Voto de Base do Candidato
É identificado no grupo de pessoas que vota no candidato e é coerente com suas respostas acerca do mesmo. Esses eleitores tem boa imagem do candidato, confiam nele, gostam de sua personalidade, aprovam suas decisões e votam nele.
Essas pessoas não mudarão de posição facilmente, e não acreditarão em ataques feitos por adversários. Ao contrário, diante de um eventuais ofensas, é provável que reforcem ainda mais suas opiniões sobre o seu candidato.
Como suas posições são pouco flexíveis, o candidato não precisará de muito esforço para conseguir suas adesões. Todavia, para os seus adversários, são eleitores cujo tempo e investimento devem ser mensurados com muita cautela. Sob pena de apresentarem baixa conversão e adesão; não justificando assim, a atenção dispensada.
Voto Impossível ou Voto de Base dos Adversários.
Esse é o grupo de eleitores mais distante do candidato. Pois eles, além de não votarem nele, ainda são contra as suas mensagens e ações. São contra o candidato de qualquer maneira, detestando tudo o que ele representa ou se envolve.
Ocorrendo qualquer ataque, esses eleitores acreditam facilmente nas informações negativas veiculadas e potencializam suas posições previamente contrarias ao candidato.
Normalmente esse grupo é formado por eleitores de oposição, de grupos identitários ou ideológicos. Portanto, não deve a equipe de campanha esforçar-se para converte-los ou atrai-los.
Contra a dureza desses votos, é possível que o candidato adversário estabeleça, como estratégia, um posicionamento antagônico a esse grupo, estabelecendo um confronto, principalmente com o candidato que o grupo defende. O que poderá levar a exacerbação do conflito e por consequência, uma solidariedade e um posicionamento mais favorável e involuntário de grupos contrários as ideias representadas por aquele grupo ou pelo candidato. Sendo possível, com isso, que o candidato se afirme no seio dos eleitores, conquistando assim eleitores contrários aquele candidato e ou as suas ideias.
Na próxima semana, dando continuidade ao nosso tema: A Construção de um Projeto Político Eleitoral., conversaremos sobre outros tipos de voto, como os votos persuasíveis e os votos maleáveis.
Até lá.
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Obrigado!
*Luciano Ferreira Lima
Consultor e Gestor de Projetos Políticos, Mestrando em Ciência
Política, Advogado, Professor Universitário e Articulista.
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