O Brasil encerrou o ano passado com o maior percentual de endividados segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). As 76,3% de famílias endividadas foram o maior da série histórica, iniciada há 11 anos. O levantamento é da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Segundo a entidade, a taxa de incremento de famílias com dívidas também foi a maior já observada, revelando que as famílias recorreram mais ao crédito para sustentar o consumo. Na comparação com 2020, das cinco regiões do país, o Centro-Oeste apresentou queda do índice – 0,3 ponto percentual e o Norte registrou estabilidade. O maior aumento ocorreu no Sudeste (5,9 pontos percentuais), o Nordeste teve a menor alta (4,5 pontos percentuais).
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que, entre as famílias com rendimentos acima de 10 salários mínimos, a demanda represada, em especial pelo consumo de serviços, fez o endividamento aumentar ainda mais. “O processo de imunização da população possibilitou a flexibilização da pandemia, refletindo no aumento da circulação de pessoas nas áreas comerciais ao longo do ano, o que respondeu à retomada do consumo”, observou.
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