O procurador-geral da República, Augusto Aras, vai se afastar do cargo entre os dias 11 e 14 de outubro para participar da cerimônia de canonização da Irmã Dulce, no Vaticano. A PGR (Procuradoria-Geral da República) baixou um ofício determinando que os custos da viagem, num total de R$ 67 mil, fossem pagos pelo próprio Ministério Público Federal.
Do valor, R$ 22,1 mil seriam gastos numa passagem de primeira classe para Aras e sua mulher, a subprocuradora-geral da República Maria das Mercês de Castro Gordilho Aras. Outros R$ 6 mil seriam destinados à compra de bilhete aéreo para o subprocurador Alcides Martins.
Além disso, Aras teria direito a R$ 13.580,00 para hospedagem, translado e alimentação. Os subprocuradores poderiam gastar R$ 12.908,00 cada um, em sete dias na Itália. Questionado pela reportagem, o procurador-geral diz que solicitará o cancelamento da ordem de pagamento e que cobrirá todos os gastos com dinheiro do próprio bolso.
“Comprei passagens aéreas para mim e minha mulher com recursos próprios”, diz. Segundo ele, a ordem para o MPF arcar com os custos da viagem “é procedimento de praxe e não posso imputar má-fé ao quadro administrativo”. Ele afirma ainda: “Encontrei uma PGR descontinuada administrativamente. Os equívocos, nesta fase de restauração da ordem administrativa, vêm ocorrendo com grande sacrifício para todos. É efeito da política de terra arrasada que encontrei na PGR. Enquanto isso, os derrotados tentam minar a nova gestão. Mas seguiremos firmes com os nossos compromissos em prol da moralidade e legalidade”.
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