Uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) dos sócios do Vitória decidiu na manhã deste sábado, dia 21, pela destituição do presidente Paulo Carneiro, que já estava afastado do cargo desde setembro do ano passado. Na época, um parecer da Comissão de Ética do Conselho Deliberativo do clube apontou indícios de gestão temerária.
Cerca de 150 sócios estiveram no Barradão e votaram pela saída em definitivo de Paulo Carneiro, que ainda fica proibido de ocupar qualquer cargo no clube pelos próximos sete anos. É a primeira vez na história centenária da instituição que um presidente é retirado do cargo após votação dos sócios.
Como o vice-presidente Luiz Henrique Viana já havia renunciado ao cargo, Fábio Mota passa a gerir o Vitória de forma oficial. O presidente do Conselho Deliberativo já estava no comando desde outubro do ano passado, interinamente.
Veja abaixo as infrações apontadas pela comissão que investigou a gestão Paulo Carneiro:
– Ausência de um contrato entre o clube e a empresa Magnum, que recebeu R$ 3.586.068,00 do Vitória;
– Adiantamento de remunerações feito por Paulo Carneiro, presidente do Conselho Diretor, durante a pandemia.
Em seu perfil no Facebook, Paulo Carneiro escreveu uma mensagem se despedindo do cargo e não se defendeu das acusações de gestão temerária:
“Deixo uma obra indelével, única na vida do clube. Os maiores resultados esportivos, a construção do seu patrimônio, com sua preservação e regularização, referência nacional em gestão esportiva, quitação do seu passivo, e internacionalização de sua marca”, escreveu.
Carneiro finalizou a mensagem dizendo que o espaço está aberto para os oportunistas:
“Deixo para aqueles que o endividaram gravemente e o deixaram na maior crise da sua história. O espaço agora está aberto para os oportunistas de plantão”, finalizou.
Metro1