Os últimos três meses arrancaram 669,7 bilhões de reais em valor de mercado das empresas listadas no Ibovespa, principal índice da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), de acordo com cálculos da Economatica, plataforma de informações financeiras. O valor calcula as perdas desde o dia 7 de junho, data em que o Ibovespa atingiu a máxima histórica de 130.776 pontos.
De lá para cá, o índice caiu 11,8% e viu sua pontuação voltar aos 115.000 pontos. Segundo analistas, há diferentes motivos para a queda generalizada no preço dos ativos e nenhum deles tem relação direta com os fundamentos das empresas, exceto casos específicos. Uma das principais razões é o aumento da taxa Selic diante da disparada da inflação, fenômeno que guarda relação com o aumento do risco fiscal.
A taxa básica de juros começou 2021 em 2% ao ano, já subiu para 5,25% e a expectativa é de que chegue perto de 7,50% ao final de 2021. Alguns analistas, inclusive, já começam a prever o retorno da Selic de dois dígitos. Entre os vilões da inflação e da perda de confiança de investidores da bolsa, estão a crise hídrica, que encarece a conta de luz, e as tensões políticas e fiscais, que impactam o câmbio. A alta do dólar deixa os importados e combustíveis mais caros.
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