Nota da Uber no final do post.
Uma estudante denunciou ter sofrido um suposto assédio dentro de um carro de um motorista por aplicativo, em Salvador (BA). De acordo com a denunciante, quando ela acordou, viu o condutor ao lado dela, no banco do passageiro, na parte do fundo do veículo. O caso aconteceu na noite de sexta-feira, dia 15, depois da estudante sair de um bar, no bairro de Cajazeiras, e ir para casa, em São Cristóvão.
“O motorista a principio foi simpático, educado e em momento nenhum demonstrou assédio ou algo do tipo. Nós seguimos o caminho pelo GPS e eu terminei pegando no sono, pelo cansaço da semana”, contou a vítima. “Quando acordei, vi o motorista saindo da direção e indo para o banco traseiro, aonde eu estava, e vindo para cima de mim”.
Nesta segunda-feira, dia 17, a jovem procurou a polícia para registrar o caso. No entanto, até o início da tarde aguardava atendimento na Delegacia Territorial (DT) de Itapuã. A estudante contou que saiu do carro quando viu o motorista ao seu lado. Em seguida começou a gritar ao perceber que o homem cancelou a corrida. “Ele entrou por um lado e eu saí pelo outro. Comecei a gritar com ele informando que ele não tinha direito de cancelar a corrida, porque no meio do caminho ele cancelou a corrida para que a plataforma não pudesse acompanhar”, relatou.
A estudante disse que não sabe ao certo em que lugar eles estavam, mas acredita que foi na região entre a Pedra do Sal e Stella Maris. “Eu não conheço o lugar que estava, era no meio do nada, não tinha carros passando, casas e pessoas por perto. Tinham alguns carros estacionados, mas vazios”.
A jovem também teve dificuldades para chamar um outro motorista por aplicativo. Com isso, aceitou entrar no carro do suspeito, para que ele a deixasse em um local mais movimento. “Ele entrou no carro e falou: ‘Você não vai conseguir pegar Uber aqui, você quer que eu te deixe em uma via mais movimentada?'”, disse. A vítima ligou para uma amiga, que ainda estava no bar, e compartilhou a localização. Ela afirmou que começou a gritar com o homem, como uma tática para tentar coibir uma nova tentativa de assédio.
“Na primeira rua que eu consegui me localizar, dei dois gritos para ele parar. A principio não parou, aí dei mais um grito e parou”. A estudante ainda contou que saiu do carro em movimento e completou o caminho para casa a pé. Ela afirmou também que comunicou a empresa e recebeu um e-mail dizendo que entrariam em contato, mas isso não aconteceu até o início desta tarde.
Edição: Pietra Dantas – estagiária | Supervisão: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo | Fonte: G1.
DIREITO DE RESPOSTA:
A Uber considera inaceitável qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater e denunciar casos de assédio e violência. A conta do motorista parceiro já foi temporariamente desativada, enquanto aguardamos pelas investigações. A Uber se coloca à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações.
A empresa defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Por isso, desde 2018 a empresa mantém o compromisso de participar ativamente do enfrentamento da violência contra a mulher e segue investindo constantemente em conteúdos educativos contra o assédio para motoristas.
Em conjunto com o Instituto Promundo, foi lançado o Podcast de Respeito e mais recentemente a Uber lançou uma campanha educativa de combate ao assédio em parceria com o MeToo Brasil. Além disso, também em parceria com o MeToo, a plataforma possui um canal de suporte psicológico para apoiar vítimas de violência de gênero.
Segurança é uma prioridade para a Uber e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, como, por exemplo, o compartilhamento de localização, gravação de áudio, detecção de linguagem imprópria no chat, botão de ligar para a polícia, entre outros.