O desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Lidivaldo Britto, defendeu, nesta sexta-feira, dia 27, que seja retirado o painel bíblico do plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Para ele, o painel “destoa” do projeto arquitetônico da Casa, que deveria ser tombado.
“É desnecessário até. Já vi até uma bíblia na Mesa Diretora da Assembleia. Aquilo ali foi uma conivência da Mesa Diretora e não havia necessidade. Comprometeu, inclusive, o projeto arquitetônico e artístico. Isso só porque havia um painel de Carlos Bastos com os orixás, com mães de santo, aí quiseram colocar aquele monumento que está completamente desporporiconal”, avaliou Lidivaldo Britto.
Autor do livro “A Proteção Legal dos Terreiros de Candomblé”, o desembargador falou ainda sobre “diferença abissal” do número de terreiros tombados na comparação com os templos católicos. Segundo ele, hoje, há 12 terreiros enquanto “quase uma centena” de templos tombados no estado. “É uma luta de mais de 300 anos (o tombamento dos terreiros)”, pontuou.
Redação: Metro1 | Reportagem: Rádio Metropole