Diante do pedido de demissão de Nelson Teich do Ministério da Saúde, a Anistia Internacional Brasil destaca o quão fundamental é, neste momento em que o Brasil entra na fase mais aguda da pandemia de COVID-19, que o presidente da República e todas as outras autoridades adotem medidas baseadas em evidências científicas, com o objetivo de proteger as vidas de todos e todas.
Até o momento, o governo federal não apresentou medidas adequadas para o enfrentamento dessa crise. E a postura do Presidente Jair Bolsonaro dificulta ainda mais as urgentes respostas que precisam ser dadas para superarmos esse momento.
Na última quinta-feira, a Anistia Internacional e outras 35 organizações e movimentos sociais lançaram a campanha “Nossas Vidas Importam”, que traz uma lista de recomendações para que a resposta ao COVID-19 seja inclusiva e adequada às necessidades de todos e todas.
“Salvar as vidas de brasileiros e brasileiras está nas mãos do Presidente Jair Bolsonaro. É seu dever liderar o enfrentamento dessa pandemia com responsabilidade. A instabilidade política eleva ainda mais os riscos a que brasileiros e brasileiras estão expostas. Todas as autoridades precisam trabalhar de forma coordenada para dar respostas adequadas à crise, sobretudo para as populações em situação de maior vulnerabilidade. Não temos tempo a perder. E as autoridades brasileiras precisam assumir compromissos rígidos com os direitos humanos imediatamente”, afirma Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil.
As populações vulneráveis às quais exigimos uma resposta para a COVID19 são: moradores e moradoras de favela, mulheres, indígenas, LGBTQIs, especialmente pessoas trans, quilombolas, migrantes e refugiados, pessoas em situação de rua, pessoas em privação de liberdade, e idosos e idosas, crianças e adolescentes desses diferentes grupos, população negra e trabalhadores e trabalhadoras informais e autônomos.
Sobre a Anistia Internacional
A Anistia Internacional é um movimento global de mais de 7 milhões de pessoas que encaram a injustiça como algo pessoal. A organização realiza campanhas para que direitos humanos internacionalmente reconhecidos sejam respeitados e protegidos no Brasil e no mundo. Criada em 1961, pelo advogado britânico Peter Benenson, teve sua sede inaugurada no Brasil em 2012.
Matéria: Thiago Camara/ ASCOM
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