Além de fundamentais para a manutenção da biodiversidade, as florestas desempenham funções sociais e econômicas essenciais aos seres humanos. Entre os bens e serviços ecossistêmicos oferecidos estão o fornecimento de água, alimentos e medicamentos, o sequestro de carbono, a regulação do clima e o controle de erosões.
“Quando falamos em proteção às florestas, temos de considerar três âmbitos essenciais: ecológico, econômico e social… Este é um conceito e uma reflexão que precisam ser amplamente difundidos para que cada vez mais compreendam que a conservação desses ecossistemas é fundamental para a manutenção da vida, não apenas das espécies que os habitam, mas de nossa sociedade como um todo”, explica o biólogo Guilherme Karam, coordenador de Negócios e Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
Em 17 de julho comemora-se o Dia de Proteção às Florestas. De acordo com o Relatório de Avaliação Global dos Recursos Florestais de 2020 da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), 12% das florestas do mundo estão no Brasil, totalizando 497 milhões de hectares – destes, 97% são florestas nativas. A base de dados GlobalTreeSearch indicou, em 2019, a existência de 60.082 espécies de árvores no mundo, sendo que o Brasil é o país com a maior diversidade: mais de 9 mil espécies.
Segundo o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), a economia das florestas gerou, em 2018, apenas considerando as áreas com vegetação nativa, 11.638 empregos formais no Brasil. Entre as oportunidades de uso sustentável dessas áreas está a extração de alimentos, oleaginosas, ceras, fibras e substâncias medicinais que integram a rica e dinâmica cadeia de produtos naturais.
Em 2017, foram coletadas 741,4 toneladas desses produtos, movimentando R$ 1,3 bilhão. Entre os produtos mais comercializados estão a erva-mate e o açaí. Entretanto, especialistas alertam que a retirada dos produtos deve ocorrer de forma sustentável, sem agredir o meio ambiente.
“As florestas por si e por toda a biodiversidade que carregam já nos dão razões suficientes para protegê-las. Mas o papel que têm na saúde e no bem-estar humano reforçam ainda mais a necessidade de políticas públicas para garantir sua sobrevivência”, afirma a pesquisadora Teresa Cristina Magro Lindenkamp, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professora associada do Departamento de Ciências Florestais da Universidade de São Paulo (USP).
Benefícios
Entre os benefícios das florestas e do contato com a natureza para a saúde estão a queda do nível de cortisol no organismo – o hormônio do estresse –, redução da pressão sanguínea e declínio da frequência cardíaca. Além disso, estudos mostram que essa relação contribui para melhorar quadros de ansiedade e depressão.
Do ponto de vista ecológico, as florestas são as maiores fontes de biodiversidade, com riquezas ainda pouco conhecidas, que oferecem serviços ecossistêmicos como regulação do clima, sequestro de carbono, conservação do solo e dos recursos hídricos e manutenção dos ciclos de chuva. Economicamente, os produtos florestais estão relacionados a diversos setores produtivos, direta ou indiretamente.
Ambientes naturais conservados podem ganhar ainda mais relevância social quando negócios passam a usufruí-los de forma equilibrada, gerando, além de lucro, impacto positivo para sua conservação. Tratam-se, em sua maioria, de negócios de pequeno e médio portes ligados ao turismo, a cadeias produtivas da biodiversidade ou à agricultura sustentável.
“O uso adequado de áreas com florestas naturais, prezando sobretudo pela proteção desses ambientes, é uma alternativa econômica de extrema importância para que as populações locais ampliem sua renda e melhorem suas condições de vida, utilizando a vocação do seu território. Os negócios de impacto positivo, como chamamos, conectam a tríade da sustentabilidade. Além do aspecto ambiental, agregam valor social e econômico”, explica Karam.
Florestas urbanas
O papel fundamental das florestas para o bem-estar econômico e social da população não se restringe aos grandes remanescentes florestais em áreas rurais. As florestas urbanas, próximas às cidades, têm impacto mais visível no dia a dia das pessoas.
São responsáveis por amenizar os efeitos poluentes da urbanização, pela purificação do ar e da água, por permitir a absorção da água da chuva (evitando alagamentos), bem como pela manutenção do microclima local. Entre as mais conhecidas florestas urbanas do Brasil estão o Parque Estadual da Pedra Branca, na cidade do Rio de Janeiro (RJ); o Parque da Cantareira, em São Paulo (SP); e a Floresta da Tijuca, também no Rio.
“A maioria das florestas está distante das metrópoles e exige grandes deslocamentos e gastos para conhecê-la. Por isso, é tão necessário repensar a forma de ocupação urbana para que as áreas verdes remanescentes sejam conservadas e protegidas”, avalia Teresa Cristina, que já foi coordenadora de Seção de Conservação da Natureza e Áreas Protegidas da International Union of Forest Research Organizations (IUFRO).
O desmatamento, gerado pela conversão de cobertura florestal para agropecuária, segue sendo o maior risco para as florestas brasileiras. De acordo com o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, do MapBiomas, em 2019, o País perdeu aproximadamente 1,2 milhões de hectares (12.187 quilômetros quadrados) de vegetação nativa – uma área equivalente a oito vezes a cidade de São Paulo.
Matéria: Renato Santana/ Tamer Comunicação – ASCOM da Fundação Grupo Boticário


Floresta Amazônica | Foto: Pedro Devani/ SecomAC


Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo 
Imagem ilustrativa de drewstewart por Pixabay
Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil
Foto: Fábio Cruz/Recôncavo no Ar
Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay
Image by Martin Lutze from Pixabay
Foto: Ricardo Stuckert/Secom-PR
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem de intographics por Pixabay
Foto: Reprodução/ Forte na Notícia
Image by Adriano Gadini from Pixabay
Foto: Lucilene Silva Queiroz
Imagem ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay
Imagem ilustrativa de João Paulo por Pixabay
Imagem de
Foto: Luciano Almeida
Foto: Reprodução/ Video
Crédito: br.freepik.com
Foto: Claudio Lima
Imagem Ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Arte: Divulgação
Foto: Luiz Carrera/ SECBA
Foto: Divulgação
Foto: Arquivo Pessoal
Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Joá Souza/GOVBA
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Adriel Francisco
Na foto, Vinicios e Leandro
Foto: Fred Pontes
Imagem ilustrativa de jessicauchoas por Pixabay
Imagem de musiking por Pixabay
Foto: Arquivo Pessoal
CEF de Amargosa | Crédito: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem ilustrativa de Wokandapix por Pixabay
Image by Chokniti Khongchum from Pixabay
Imagem ilustrativa de Andreas Breitling por Pixabay
Foto: Jonas Souza
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: João Valadares
Arquivo Tribuna do Recôncavo
Imagem de tookapic por Pixabay
Imagem ilustrativa de Hans Braxmeier do Pixabay
Imagem ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem ilustrativa de Couleur por Pixabay
Imagem ilustrativa de Pexels do Pixabay
Imagem Ilustrativa by PublicDomainPictures from Pixabay
Foto: Eduardo Andrade/Ascom SDE
Imagem de Surprising_Shots por Pixabay
Foto: Douglas Amaral
Foto: Reprodução/ Vídeo
Foto: André Fofano
Foto: Maria das Neves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Douglas Amaral
Foto: Divulgação/Júnior Rodrigues
Foto: Damilla dos Santos / Divulgação
Imagem de MasterTux do Pixabay
Foto: Luciano Almeida
Imagem Ilustrativa | Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Reprodução/ Vídeo
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Imagem Ilustrativa | Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil
Foto: Arquivo Pessoal
Imagem por Karolina Grabowska de Pixabay
Image by Free stock photos from www.rupixen.com from Pixabay
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Crédito: Iara Passos
Foto: Divulgação
Image by congerdesign from Pixabay
Foto: Divulgação
Imagem por Alexander Fox | PlaNet Fox da Pixabay
Foto: Divulgação
Foto: Paulo Cesar Amaral
Foto: Tribuna do Recôncavo
Foto: Tatiana Azeviche Ascom SeturBA
Foto: Manuela Cavadas-/Seagri
Foto: Luciano Almeida
Foto: André Frutuôso
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Image by Wokandapix from Pixabay
Imagem Ilustrativa de Angelo Esslinger do Pixabay
Foto: Joseane Rodrigues
Imagem de freepik
Image by 3D Animation Production Company from Pixabay
Foto: Darlan Nunes/ Seagri
Imagem de Luk Luk do Pixabay
Imagem de Esi Grünhagen por Pixabay
Foto: Hélio Alves/ Tribuna do Recôncavo
Foto: Giulia Guimarães_Ascom SDE
Foto: Divulgação
Foto: Agnelo Câmara (Ascom/Sudene)