Morando juntos há cerca de um ano, Jundaraí Moreno e David Michel sempre pensaram em se casar. No último dia 12 eles realizaram o sonho no Salão Nobre da sede do Ministério Público estadual, em Salvador, durante a segunda edição do projeto “Sim ao Amor”, que realizou o casamento civil de 28 casais homoafetivos, numa cerimônia marcada pela emoção.
“Esse casamento coletivo é a celebração do amor, de histórias de vidas que se entrelaçam, e da afirmação da liberdade e igualdade de direitos”, afirmou o procurador-geral de Justiça Pedro Maia, que destacou a emoção de presenciar o momento de vitória sobre o preconceito.
Alegria e uma honra foram as expressões usadas pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado da Bahia, Felipe Freitas, para definir o que sentia diante dos casais. “A celebração de amor é sempre algo muito bonito. Quando falamos de pessoas LGBTQIA+, o casamento representa ainda mais, representa uma convocação para todos a construir um mundo com mais justiça e igualdade”.
Juba, como Jundaraí é conhecido no MP, onde trabalha há 10 anos, soube na 1ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos que a cerimônia, realizada pela primeira vez em 2018, teria uma segunda edição este ano. Em casa, comentou com David e os dois decidiram que a hora de realizar o sonho tinha chegado.
“É um sonho sonhado junto. Foi um pedido mútuo”, afirmou Juba. Emocionado, David revelou que a ansiedade só é superada pela felicidade. “Desde domingo não dormimos, mas, vendo essa festa, tanta alegria, tanto acolhimento, parece que estamos sonhando acordados”, afirmou.
“Nossa ideia, nessa segunda edição, foi fazer um casamento romântico, que celebre a união desses casais, muitos dos quais já vivem juntos há mais de 10, 20 anos”, afirmou a promotora de Justiça Márcia Teixeira, organizadora do evento. “Para além de um ato político de afirmação de direitos e combate à discriminação, buscamos criar um ambiente acolhedor, com direito a tudo de melhor que uma celebração de casamento civil proporciona”, afirmou a promotora.
Um momento de celebração para todos os que lutam pela igualdade de direitos, conforme destacou o coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (Caodh), promotor de Justiça Rogério Queiroz.
“Hoje, estamos aqui para celebrar o amor da forma mais pura e verdadeira. Quando pensamos no amor, pensamos em algo que transcende todas as diferenças, se fortalece nas dificuldades e brilha nos momentos mais difíceis. Celebramos esse momento tão especial para cada um de vocês e também a vitória do amor sobre o ódio, aceitação sobre o preconceito e da coragem sobre o medo”, afirmou.
Os casais, lado a lado, de mãos dadas e vestidos com trajes nupciais, entraram no salão nobre, onde seus familiares esperavam emocionados. A celebração da igualdade foi presidida pela juíza de direito Maria Angélica Matos e marcada pela diversidade e pluralidade religiosa, que teve como delegatários um padre católico, uma Ialorixá, uma líder espírita e uma pastora evangélica.
O padrinho dos casais foi o promotor de Justiça Millen Castro que, muito emocionado, falou da experiência de “se ver” em cada um dos casais. “Assim como vocês, eu também encontrei o amor fora da heteronormatividade. Me emociona ver cada um de vocês, com histórias tão parecidas com a minha. Nós vivemos tempos bons, onde somos fortalecidos no nosso direito de amar e de sermos reconhecidos e respeitados para que possamos ser quem de fato nós somos”, celebrou Millen Castro, que fez o brinde aos casais.
Mas o casamento começou bem antes de chegar ao altar. Cada casal teve toda sua situação documental resolvida nos registros públicos, com a ajuda do projeto “Viver com Cidadania”, do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Cíveis (Caocife), que cuidou da habilitação para o casamento e da retirada das certidões atualizadas necessárias para a efetivação de cada casamento.
“Devidamente casados, eles têm garantidos direitos dos mais diversos, que vão de questões patrimoniais, direitos de família, previdenciários e de sucessões, por exemplo”, afirmou a coordenadora do Caocife, promotora de Justiça Aurivana Braga.
Realizado pelo MPBA através dos projetos institucionais ‘MP+ Diverso’ e ‘Viver com Cidadania’, o ‘Sim ao Amor’ conta com o apoio do Grupo Qualivida, da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen-BA), da residência de idosos Abrigo do Salvador, da Comissão LGBTQIA+ do Poder Judiciário da Bahia (PJBA), da Ana Portuguesa Decoração, da Uber, Atakarejo, Tables&Flowers, Terreiro Axé Abassá de Ogum, Mães da Resistência, IBCM, Dois Terços e Delicatessen Doce e Pão. O próximo “Sim ao Amor” terá inscrições abertas a partir de agosto e será realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, por meio da sua Corregedoria.


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