A mineradora multinacional americana Dow Química, que é responsável pela região onde uma cratera misteriosa surgiu há quase um ano na Bahia, diminuiu no início deste mês o número de funcionários em atividade em uma área próxima ao buraco. A medida foi tomada por segurança, e deve evoluir até a total suspensão de trabalho fixo no local. Apenas atividades esporádicas devem ser mantidas na área. Contudo, a exploração de salmora na região não foi e nem há previsão de ser suspensa.
A cratera fica na cidade de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, a cerca de 1 km da comunidade de Matarandiba. O buraco foi descoberto no dia 30 de maio do ano passado, e desde então está sob monitoramento. Desde janeiro deste ano o comprimento da cratera aumentou mais de 1 metro. Na época eram 89,5 metros e atualmente o buraco tem 90,7 metros de comprimento, além de 40,9 metros de largura e 36,4 metros de profundidade.
Conforme a mineradora, a comunidade de Matarandiba não corre risco. A última reunião com os moradores da localidade foi feita na semana passada. Um novo encontro deve ocorrer em março. A Dow informou que ainda não há detalhes das causas da formação da cratera e segue com os estudos para a descoberta de como surgiu o sinkhole – fenômeno geológico conhecido como “vazio subterrâneo”, em Matarandiba. A primeira parte dos resultados das avaliações tem prazo previsto de conclusão no segundo trimestre de 2019.

Foto: Divulgação/ Dow Química
Segundo a Dow Química, a área da empresa de onde trabalhadores foram retirados fica a cerca de 300 metros da cratera. No local, funciona a ala administrativa da mineradora, que comporta os escritórios, salas de reunião e refeitório. Cerca de 30 pessoas trabalhavam na área – sendo 9 funcionários e 21 contratados. Após a medida preventiva, iniciada no último sábado (9), apenas 6 pessoas (2 funcionários e 4 contratados) foram mantidas no local. Os demais foram deslocados para pontos mais afastado da empresa na ilha.
O diretor de operações da Dow Química, Marcelo Braga, informou que, entre as 6 pessoas que seguem trabalhando na área, duas operam em escala de 24 horas. As outras 4 operam em horário administrativo. Segundo Marcelo Braga, o trabalho dessas pessoas foi mantido temporariamente para garantir a operação da empresa. Contudo, elas também devem ser deslocadas para outros pontos.
Ainda conforme o diretor de operações da Dow, apesar da área estar limitada, os seis funcionários em operação não correm risco. Segundo Marcelo, o monitoramento da cratera é feito 24 horas, e é capaz de prever algum possível desastre com alguns dias de antecedência.
“A gente já tem um plano de emergência definido. Se tiver qualquer sinal de que venha acontecer algo, a empresa responsável pelo monitoramento vai entrar em contato com a Dow. Ela consegue prever com antecedência muito grande. Enquanto entidade, a gente se sente muito seguro. Essas medidas vão evitar impacto para qualquer pessoa”, contou Marcelo Braga.
Caso
A erosão foi descoberta pela Dow Química, que atua na área onde o buraco surgiu, no final de maio de 2018, durante um trabalho de rotina. Na época, o buraco tinha 69 metros de comprimento. A cratera fica no meio de uma mata nativa na localidade de Matarandiba e está a cerca de 1 km do local onde vivem os moradores, que temem.
O acesso à área onde o buraco se formou é difícil por conta da mata fechada, mas, ainda assim, toda a área está isolada e passou a ser vigiada para evitar a presença de curiosos.
Em setembro, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) instaurou inquérito para apurar as causas da abertura da cratera. O processo foi instaurado pelos promotores de Justiça Eduvirges Tavares e Ubirajara Fadigas, que atuam na área do Meio Ambiente. O MP informou também que o objetivo da ação é preservar as vidas das pessoas e proteger o meio ambiente.
A Dow Química possui operações na Bahia desde a década de 60 e informou que não houve nenhum registro de danos ao meio ambiente devido à sua operação. A empresa afirmou que a cratera está a mais de 200 metros de um poço que está fora de operação desde 1985 e que, portanto, há mais de 30 anos nenhuma atividade foi realizada no local. A empresa disse ainda que, desde junho de 2018, após a descoberta da cratera, reuniões periódicas têm sido realizadas com os moradores da ilha a fim de atualizá-los sobre os estudos, providências e esclarecer dúvidas.
Editado por Tribuna do Recôncavo | Fonte: G1-BA


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