A fogueira estava queimando,
sobre as suas brasas, o milho assando.
As bandeirolas, ruas e casas enfeitando.
O arraiá era construído.
O licôr, a típica bebida, era servido.
Naquela noite fria, o capote nos aquecia.
Ao som da sanfona, dançava Zé, dançava Maria.
Ao redor da fogueira a criançada se divertia.
Laranjas e espigas de milho, o ramo da fogueira decorava.
O amendoim cozido nas mesas não faltava.
O chapéu de palha, com as vestes de chita combinava.
Enquanto a fogueira queimava,
o fole da sanfona sacolejava.
E o povo alegre gritava:
“São João passou por aí? Viva São João!”
O tradicional São João literalmente acabou.
MAS O POESIA O RESGATOU!
Sobre a autora:
Maria do Carmo da Silva Santos é natural de Mutuípe-BA, professora, poeta e escritora. Licenciada em Geografia, graduada em História, especialista em Gestão e Educação Ambiental e Estudos Linguísticos e Literários, Pós- graduanda em Comunicação, Cultura Organizacional e Tecnologia. Possui textos publicados em diversas Antologias nacionais e internacionais, e integrante do Coletivo Mulherio das Letras. Autora dos livros de Poesias: Retalhos de Vivências e Recomendações Poéticas, e colunista no site de notícias Tribuna do Recôncavo.