Como parte das ações do Novembro Negro, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) divulgou, nesta quinta-feira (26), a distribuição de livros com temas voltados à Educação Quilombola para todos os espaços escolares quilombolas na Bahia. O anúncio foi feito pelo secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, durante live que tratou sobre o tema “Educação étnico-racial na rede estadual de ensino”.
Serão mil exemplares do Dicionário Yorubá/Português, do autor José Beniste, e mais 10 mil exemplares, cada, dos seguintes títulos: “Caminhos abertos pela lei federal n° 10.639”; “História da educação do negro e outras histórias”; “Superando o racismo na escola”; “Mercado de trabalho, religiosidade e educação quilombola”; e “Orientações e ações para educação das relações étnicos raciais”.
A superintendente de Políticas para a Educação Básica da SEC, Manuelita Brito, explicou que os livros serão um apoio para os professores desenvolverem o trabalho com os estudantes.
“Temos professores atuando nas escolas quilombolas que sempre estão demandando materiais de apoio de como trabalhar com seus estudantes. E a proposta é não limitar a modalidade apenas ao seu espaço, mas também divulgar o que é a Educação Quilombola, as suas práticas e princípios. A previsão é que essa entrega seja em dezembro e janeiro, envolvendo escolas municipais e estaduais”, disse Brito.
Presente a live, a professora Valquíria Benevides falou sobre a Educação Escolar Quilombola.
“É uma conquista, por meio dos movimentos sociais, termos o reconhecimento da Educação Quilombola como modalidade. A partir disso, podemos dar condições para que os estudantes tenham uma formação mais qualificada e possam buscar o caminho que desejarem”, acentuou Benevides.
Também no encontro virtual, o professor Adinelson Filho ÀKànbi tratou sobre a influência da língua Yorubá na Bahia.
“É uma língua que nos forma e que não pode ser vista como estrangeira. Ela revela nossa epistemologia e também é um lugar de resistência como forma de manter nossa ciência, filosofia, literatura oral, entre outros”, sinalizou ÀKànbi.
Mediada pela educadora Daniela Ferreira, a live contou ainda com o professor de História, Fábio Batista, que traçou um paralelo entre o Quilombo dos Palmares e os quilombos na Bahia; e o cantor Lazzo Matumbi, que deu um depoimento sobre a importância do Dia da Consciência Negra.
Assista:
https://www.youtube.com/watch?v=djduQAz8xyQ
Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Informações: ASCOM
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