Duas empresas atacadistas de alimentos são os principais alvos da Operação Grande Família deflagrada nesta quarta-feira, dia 16, em Salvador e Santo Antônio de Jesus. Tanto os endereços nos bairros da Barra, Horto Florestal e Caminho das Árvores em Salvador, quanto na Praça Duque de Caxias em Santo Antônio de Jesus, são de empreendimentos ou pessoas ligadas as duas empresas acusadas pelo Ministério Público da Bahia de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro.
Segundo o promotor de Justiça, Hugo Casciano, do Ministério Público da Bahia, o esquema movimentou mais de R$ 2 bilhões entre as contas bancárias dos suspeitos e teria deixado de pagar cerca de R$ 50 milhões de impostos. Casciano explicou como funcionava o esquema:
“Havia aquisição de mercadoria por uma empresa, mas era comercializada por outra. Além disso, se percebeu que haviam transferências bancarias suspeitas para o próprio advogado do grupo e para amigos desse grupo familiar, não havendo motivo plausível outro que não a lavagem de dinheiro”.
Durante a operação, milhares de reais em bens foram sequestrados, a exemplo de joias e imóveis. O promotor afirmou que o sequestro de bens é uma prioridade, pois é uma das formas de garantir que o dinheiro volte aos cofres públicos.
“É uma de nossas prioridades, uma forma de resgatar bens que possam servir posteriormente para ressarcir ao erário público e fazer as alienações judiciais possíveis”.
Sobre possíveis prisões, ele explicou: “sempre existe possibilidade de movimentarmos as cautelares previstas na legislação, uma delas é a prisão temporária, outra é a preventiva”. Hugo Casciano também afirmou durante a entrevista que os crimes fiscais “estão bem delineados”, mas o objetivo agora é confirmar a lavagem de dinheiro.
Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Fonte: Bnews