Preso na tarde desta sexta-feira (28), em Feira de Santana, o suspeito pela morte do médico Andrade Lopes Santana, de 32 anos, teria confessado o crime. Segundo a polícia, ele era amigo da vítima.
O acusado, que também é médico, teve a prisão temporária decretada por 30 dias pela juíza titular da Vara do Júri de Feira de Santana após os investigadores suspeitarem do envolvimento dele. O suspeito teria vendido uma ‘Glock’ para a vítima mas não queria entregar a arma. Andrade então havia pedido o dinheiro, cerca de R$ 9 mil reais, de volta e a motivação do crime teria sido uma desavença entre os dois.
Andrade Lopes, de 32 anos, havia desaparecido na segunda-feira (24), depois de sair de Araci, na região sisaleira, com destino a Feira de Santana. O corpo foi encontrado boiando no Rio Jacuípe, com uma perfuração provocada provavelmente por arma de fogo na nuca e amarrado a uma âncora para afundar, mas terminou boiando e acabou sendo localizado por pescadores.
SAIBA MAIS SOBRE O CASO
A vítima, Andrade Lopes Santana, de 32 anos, estudou medicina com o acusado de prenome Geraldo em uma faculdade na Bolívia. Concluído o curso, os dois se mudaram para o interior da Bahia, para trabalhar. O acusado foi o responsável por registrar o desparecimento do amigo na delegacia de Feira de Santana. Ele também chegou a receber os familiares da vítima, que moram no Acre, quando eles chegaram na Bahia.
O delegado Roberto Leal, que é coordenador de polícia na região de Feira de Santana, informou que a polícia começou a suspeitar de Geraldo após contradições apresentadas no depoimento. Depois, foi identificado que ele foi quem comprou a âncora encontrada com o corpo da vítima. Ainda segundo a polícia, o suspeito e a vítima tinham combinado de andar de moto aquática.
A versão apontada pelo colega de Andrade na delegacia era a de que o amigo tinha comentado que sairia para comprar a moto, o que foi descartado. Uma moto aquática foi encontrada no condomínio onde o suspeito foi preso, no início da tarde desta sexta, em Feira de Santana, a 100 km de Salvador.
“Vamos aprofundar para saber se existe a participação de outras pessoas e também a real motivação, o que até o presente momento é uma incógnita para nós”, disse o delegado.
Desaparecimento
Andrade havia desaparecido na segunda-feira (24), depois de sair de Araci, a 220 km de Salvador, com destino a Feira de Santana. Natural do Acre, o médico se mudou para a Bahia em 2016, para exercer a medicina. Ele trabalhava como psiquiatra em uma unidade de saúde de Araci e em mais outras três cidades baianas.
Ele saiu de casa sozinho, pouco depois de meio-dia de segunda, para comprar uma moto aquática e encontrar com um amigo, no Rio Jacuípe, em Feira de Santana. O amigo disse que ele chegou a enviar uma mensagem que dizia que tinha entrado na cidade. Desde então, não foi mais visto e nem deu notícias.
O veículo dirigido pelo médico foi achado por policiais rodoviários na região de Conceição do Jacuípe, na BR-101, no mesmo dia em que ele desapareceu. O carro estava ao lado de um barranco, trancado e sem marcas de acidente. O caso foi registrado na 2ª Delegacia de Feira de Santana, pelo amigo de Andrade, que foi preso. Na madrugada de quinta-feira (27), a mãe dele, Domitília Lopes, e mais seis pessoas da família, chegaram em Feira de Santana, para acompanhar as investigações sobre o desaparecimento do médico.
O suspeito deverá ser levado na segunda-feira, dia 31, para o presídio regional de Feira de Santana.
Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Informações: Bahia Noticias, G1, Acorda Cidade e Central de Polícia