Na manhã desta quarta-feira, dia 8, dia que simbolizou a luta das mulheres de todo o mundo por inclusão e igualdade, o Governo Federal anunciou diversas medidas para combater a violência de gênero, além de garantir mais proteção à vida e à dignidade de todas as brasileiras.
No campo da segurança, a principal política anunciada foi a retomada e ampliação do programa Mulher Viver sem Violência, que tem como objetivo ampliar e integrar os serviços públicos voltados às mulheres em situação de violência.
Uma das ações conectadas ao programa é a retomada da Central 180, que registra denúncias contra qualquer tipo de violência de gênero e oferece informações e orientações sobre como proceder em situações desse tipo. A ligação é gratuita de qualquer lugar do país e o serviço funciona 24 horas.
Em outra vertente, o programa prevê a implantação de 40 unidades das Casas da Mulher Brasileira. Para isso, serão investidos R$ 372 milhões em recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública. A ministra Cida Gonçalves anunciou ainda a distribuição de 270 viaturas das Patrulhas Maria da Penha para as delegacias da Mulher de todas as Unidades Federativas.
O presidente também assinou um projeto de lei que será enviado ao Congresso Nacional que prevê a instituição a data de 14 de março como o Dia Nacional Marielle Franco de Enfrentamento à Violência Política de Gênero e Raça, a ser celebrado anualmente. A homenagem à vereadora carioca, brutalmente assassinada nesta data em 2018, tem como objetivo estimular a conscientização sobre a violência sofrida pelas mulheres na política, especialmente as negras.
Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apesar de serem 53% do eleitorado brasileiro, as mulheres seguem sub-representadas na política. Nas eleições de 2022, elas foram eleitas para 90 das 513 cadeiras na Câmara dos Deputados (17,7%) e para quatro das 27 no Senado (14,8%).
Por fim, o presidente assinou um decreto que estabelece uma mudança na Lei de Licitações e cria um percentual mínimo de 8% de vagas prioritárias para mulheres vítimas de violência doméstica nas empresas contratadas pela administração pública federal, com preferência para negras e pardas.
Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Informações: EBC