COMOÇÃO
A Mãe-Terra, desolada,
geme de dor pela barbárie praticada com os seus filhos.
Os povos indígenas Yanomâmis (seus filhos), gemem de dores!
Dores causadas pela fome, pelas doenças,
pela poluição ambiental, pela injustiça social!
Os povos indígenas Yanomâmis são seres humanos,
têm direito a vida e a sobrevivência com respeito e dignidade!
Vida? Respeito? Dignidade?
Vida dizimada prematuramente!
Respeito inexistente!
Dignidade devorada pelo poderio econômico!
Yanomâmis! Humanos desfigurados!
A sua tribo verte lágrimas de sangue!
A natureza verte lágrimas de sangue!
Reina a tristeza na aldeia, na floresta, no Planeta Terra.
Floresta devastada, água e solo envenenados!
Destruição, devastação, desolação, desumanidade!
A garimpagem, a diversidade vital devastou!
A garimpagem, devastou os povos Yanomâmis e a sua história!
Os Yanomâmis imploram pelo Direito à vida.
Os Yanomâmis combalidos, imploram por sobreviver!
Os Yanomâmis imploram pela continuidade da sua história!
YANOMÂMIS SÃO HUMANOS, SÃO HISTÓRIA, SÃO RESISTÊNCIA!
Sobre a autora:
Maria do Carmo da Silva Santos é natural de Mutuípe-BA, professora, poeta e escritora. Licenciada em Geografia, graduada em História, especialista em Gestão e Educação Ambiental e Estudos Linguísticos e Literários, Pós- graduanda em Comunicação, Cultura Organizacional e Tecnologia. Possui textos publicados em diversas Antologias nacionais e internacionais, e integrante do Coletivo Mulherio das Letras. Autora dos livros de Poesias: Retalhos de Vivências e Recomendações Poéticas, e colunista no site de notícias Tribuna do Recôncavo.