A amamentação é reconhecidamente muito importante para os bebês, não só para sua saúde, mas para aprofundar a ligação entre mães e filhos. Mas mulheres que têm dificuldade ou que não conseguem amamentar, principalmente devido a situações patológicas que contraindicam a prática, possuem alternativas seguras para garantirem o bem estar dos pequenos. Com o avanço da ciência e da tecnologia já é possível, através de fórmulas, que uma criança tenha acesso aos nutrientes e proteínas necessárias para crescerem saudáveis e sem prejuízos por não mamarem no peito.
Entre os problemas mais comuns que dificultam ou tornam impossível a amamentação estão dores, falta de leite devido a cirurgias nos seios, dificuldade dos próprios bebês de mamar devido à anatomia do bico do peito, mal posicionamento, mamilos rachados é até riscos derivados de quadros clínicos específicos. Nesses casos, em que todas as possibilidades de tentar amamentar de forma natural não funcionam, a nutricionista Catarina Ikuta, especialista em nutrição clínica e professora da FTC, afirma que a via alternativa são as fórmulas infantis.
“Essas fórmulas são leites industrializados que são indicados justamente para esses lactentes que não puderam ter sido amamentados ao peito”, explicou Catarina. “Essas fórmulas são indicadas pra essas lactantes que não puderam amamentar. Elas não precisam se frustrar, não são menos mães por isso, os seus bebês não vão deixar de crescer, se desenvolver de forma saudável”, assegurou a especialista.
A nutricionista destacou que o leite materno contém ingredientes que a criança precisa e em quantidade adequada. “Quando se fala disso é proteína, gordura, vitaminas, minerais, fatores anti-infecciosos, tudo em quantidade adequada”, explicou. Mas as fórmulas infantis vêm sendo a cada dia aperfeiçoadas, mesmo que não substituam o leite materno.
“A gente sabe que a indústria está se especializando e produzindo cada vez mais fórmulas, só que a maioria das fórmulas que existem hoje são baseados em leite de vaca, então elas têm o teor de carboidrato, proteínas e vitaminas diferente do leite materno. Fora isso, não tem esse fator anti-infeccioso”, alertou Catarina Ikuta.
Sobre o uso do leite de vaca in natura, seja líquido ou em pó, a nutricionista também fez ponderações. A composição dele é diferente tanto na quantidade quanto na qualidade de nutrientes, e por esse motivo não é recomendado para crianças menores de um ano.
“A fórmula sim é recomendada, por ser um leite de vaca modificado industrialmente, mas o leite de vaca não seria recomendado”, sinalizou, ao acrescentar como alternativa para as mães que não conseguem amamentar a adesão aos bancos de leite.
Em agosto aconteceu a Semana Internacional da Amamentação e todo o mês, apelidado de “Agosto Dourado”, foi marcado pela realização de diversas ações que colocaram luz, levantaram discussões e promoveram difusão de informações sobre o tema.
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