Fazendo valer o lema “quem tem fé vai a pé”, representantes do Samba Junino arrastaram uma multidão na Lavagem do Bonfim na última quinta-feira. Durante seis horas, Bob Grilo do Samba Duro de Terreiro, Jorge Fogueirão, Nonato Sanskey e Roda de Samba Mucum’G receberam vários convidados e fizeram um grande arrastão/desfile de Samba Junino do Comércio ao Bonfim.
“Mesmo após momentos muito difíceis em função da pandemia do novo coronavírus e extrema dificuldade para toda cadeia produtiva, o Samba Junino está se reinventando mais uma vez nos moldes atuais para preservar e difundir essa manifestação que é nosso patrimônio. Nada mais justo participarmos da lavagem do Bonfim para fortalecer ainda mais a nossa cultura”, afirma Nonato Sanskey.
Durante o percurso da caminhada, aqueles que acompanhavam o desfile do Samba Junino puderam ainda ver as apresentações de Marcos Natividade, Sérgio Baleiro do Muzenza, Neizinho Pagode Vesart, Rogério Hodd Bamba, Jair Chiada, Offscala, Samba Duro VS, Samba do Morro e Samba Du Papelão que participaram como convidados.
“O samba junino foi o responsável pelo desenvolvimento dos principais grupos, cantores, compositores e músicas icônicas da cultura baiana, a exemplo de sucessos de Sarajane, Timbalada, É o Tchan, Ninha, dentre outros artistas e grupos, oriundos da manifestação cultural, nascida nos bairros da cidade”, acrescenta Sanskey.
Sobre o Samba Junino:
O samba junino representa uma expressão cultural genuinamente soteropolitana, marcado pela rítmica do samba duro, disseminada há pelo menos 50 anos em diversos bairros de Salvador. Os bairros tradicionais que realizam os festejos são Engenho Velho de Brotas, Engenho Velho da Federação, Federação, Fazenda Garcia, Tororó, Nordeste de Amaralina, Liberdade, dentre outros. Em fevereiro de 2018, o Samba Junino foi reconhecido como Patrimônio Imaterial de Salvador e em 2020 entrou no calendário oficial de eventos da capital baiana, sendo comemorado no dia 17 de abril.
Oliveira Comunicação